Renfrewshire é o 10º concelho mais populoso da Escócia e os seus 176 mil residentes estão já a beneficiar de uma iniciativa-piloto que pretende analisar a eficiência energética das habitações. Tudo graças à IoT (Internet of Things). Este projeto-piloto, que está em execução desde julho de 2016, passa pela instalação de diversos equipamento e sensores em propriedades e casas com o intuito de detetar – e posteriormente corrigir – anomalias até de construção que levam a que o consumo energético seja excessivo.

Os sensores conectados via IoT recolhem informação de temperatura, humidade e dióxido de carbono em 50 habitações.

Níveis elevados de CO2, por exemplo, poderão ser um sinal da existência de problemas de ventilação e de qualidade do ar, ao passo que baixas temperaturas e elevados graus de humidade podem ser um indicador de que os inquilinos (e o estudo está também a incidir em habitações sociais em Paisley) são incapazes de aquecer adequadamente os seus lares, sendo esse um potencial barómetro de dificuldades financeiras.

Os dados dos sensores instalados nas casas são transferidos através de Wi-Fi, mas são depois reencaminhados, utilizando o protocolo LoRaWAN e a tecnologia de radio frequência que permite comunicação a longas distâncias LoRa.

O esquema piloto, feito em coordenação com as autoridades locais e gerido pela empresa de ativos inteligentes, iOpt Assets, está a permitir poupar milhões de euros em energia que até aqui era desperdiçada.

Até agora, o projeto ajudou a detetar uma série de problemas potenciais em diversas propriedades, incluindo casas com infiltrações graves, inquilinos que precisavam de ajuda com o seu sistema de aquecimento e vários ocupantes que viviam na chamada “pobreza de combustível” por dificuldades económicas.

No final do ano, a iOpt Assets espera ter lançado esta tecnologia de deteção para abranger duas mil casas na Escócia. Segundo os seus promotores, o projeto Renfrewshire entregou um retorno estimado de 600% sobre o investimento, ao evitar custos que resultariam de danos nos imóveis nos próximos dois anos.

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