Cerca de três anos depois do atual Governo de António Costa ter tomado posse, o Ministro do Ambiente considera positivo o facto do Executivo, de que faz parte desde o início, ter integrado as matérias de mobilidade no seu ministério. “Aconteceu pela primeira vez”, realça João Matos Fernandes, numa conferência sobre mobilidade inteligente promovida em Lisboa pela Nissan. “Isso aconteceu porque é evidente a relevância do tema para as questões ambientais das cidades”. Para o titular da pasta dos transportes, esta foi, por isso, uma decisão que o decorrer dos meses se tem revelado acertada.

“O Acordo de Paris obriga-nos a reduzir até 34% as emissões que têm como origem no transporte”, enfatiza João Matos Fernandes para quem “a resolução dos problemas da mobilidade e a necessidade de se produzirem menos gases têm uma componente urbana indissociável” que justifica a associação da tutela dos transportes à da mobilidade.

O ministro do Ambiente, um engenheiro de formação que fez um mestrado em transportes, faz ressaltar outro aspeto: o facto da “nova orientação ambiental ter o potencial de transformar um problema num negócio”, o qual – aponta com clareza – não se esgota no comércio de veículos elétricos que tem conhecido um crescimento contínuo em Portugal.

Bom exemplo da Efacec

João Matos Fernandes elogia a capacidade tecnológica e o “know-how” português que leva a que tenhamos “incorporação industrial portuguesa na mobilidade elétrica” a nível mundial, dando os bons exemplos da Efacec, que inaugurou em fevereiro último uma fábrica de carregadores de alta potência para veículos elétricos na Maia, e da Salvador Caetano, que através da CaetanoBus produziu o autocarro urbano 100% elétrico e.City Gold.

“As políticas ambientais também estão no coração da criação de emprego”, aponta o governante.

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