É este o resultado de um estudo levado a cabo pela Juniper Research e patrocinado pela Intel. As conclusões são inequívocas: sobra mais tempo às pessoas que vivem e trabalham em cidades inteligentes.
Com a tendência de crescimento demográfico das principais cidades, agilizar as atividades dos grandes centros urbanos torna-se um imperativo global.
As cidades inteligentes, utilizando as vantagens da IoT, como sensores, contadores e outras formas de recolher e analisar informação, potenciam o funcionamento das infra-estruturas e serviços públicos.
Graças a estas soluções, existe a expectativa de que seja possível melhorar de forma substancial a forma como os cidadãos vivem, trabalham e se movimentam.
Este novo estudo veio mostrar que é possível medir de forma concreta os benefícios que essa mudança trará para as pessoas.
“Os analistas tendem a concentrar-se nos aspetos técnicos subjacentes à construção de um mundo centrado na informação. Mas não podemos minimizar a importância dos benefícios tangíveis que as cidades inteligentes criam para as pessoas. Comunidades, serviços municipais e processos interligados têm um impacto poderoso na qualidade de vida dos cidadãos”.
– Windsor Holden, diretor de previsão e consultoria na Juniper Research
As conclusões são bastante claras e indicam que as cidades inteligentes permitem a cada habitante recuperar 125 horas por ano, indo mesmo ao pormenor de explicar qual o contributo de três principais áreas para a estimativa global.
Na mobilidade, uma solução integrada de IoT permite soluções de trânsito inteligentes, estradas mais seguras, estacionamento dirigido, pagamento de portagens e parques sem paragem. O estudo conclui que é possível recuperar 60 horas por ano só aqui.
Na saúde, é possível, com a digitalização de vários serviços, criar eficiências que poupam dez horas por ano a cada cidadão. Muitas destas medidas podem mesmo salvar a vida a pacientes e cuidadores.
Alguns exemplos de soluções inovadoras que já podem ser aplicadas, como aplicações que medem a pressão arterial, a tolerância à dor ou a temperatura, contribuem para a gestão de condições crónicas sem a necessidade de hospitalização.
A telemedicina permite aos doentes com doenças contagiosas evitar consultas com um exame através de ligação vídeo de alta velocidade, sem saírem da sua casa.
As melhorias na segurança pública podem beneficiar cada cidadão em quase 35 horas por ano. Tal é possível utilizando infraestruturas já existentes, como postes de iluminação, que se transformam em pontos de recolha de dados interconectados.
Estes permitem monitorizar a vida nos centros urbanos, capacitando vários departamentos locais tomar a decisões rápidas para manter a cidade limpa, segura e mais eficiente.
Cidades Inteligentes a nível global
O estudo identificou Chicago, Londres, Nova Iorque, São Francisco e Singapura como as cidades que lideram a integração de tecnologias IoT e serviços conectados.
“Parcerias entre aqueles que planeiam a cidade, autarquias, empresas privadas, fabricantes, criadores de software e empresas start up estão a criar ecossistemas de cidades inteligentes que dão mais poder aos cidadãos enquanto reduzem a nossa pegada de carbono”.
Sameer Sharma, diretor global das soluções IoT para Smart Cities da Intel.
Destacam-se devido ao esforço conjunto das autarquias, empresas e cidadãos para dar resposta à necessidade crescente de melhorar a qualidade de vida, sobretudo no que diz respeito à mobilidade (São Francisco e Singapura), segurança pública (Chicago, Nova Iorque e Singapura), saúde (Londres e Singapura) e produtividade (Chicago, Londres e Singapura).
“As cidades são motores da atividade económica e nós, enquanto indústria, temos que as tornar mais resilientes e dotá-las de maior capacidade de resposta”, afirma Sameer Sharma, diretor global das soluções IoT para Smart Cities da Intel.
As cidades inteligentes podem estar ainda no início, mas este estudo mostra que as diversas iniciativas já implementadas começaram a produzir resultados tangíveis, que serão sem dúvida ampliados no futuro.