Em entrevista do jornal Público, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, admite que os comboios da linha de Cascais possam vir a ser substituídos por elétricos. Isaltino Morais afirma que se trata de “uma solução” que pode ser aplicada dado que “a situação atual [da linha de Cascais] não satisfaz” e até porque “mais tarde ou mais cedo alguma coisa terá de se fazer”.
“Ainda não há estudos sobre isso, mas admito que possa ser uma solução”, declara o autarca de Oeiras,para quem não há dúvidas “de que um elétrico rápido seria mais barato e satisfaria melhor as pessoas”.
Isaltino Morais critica o facto de haver “poucos comboios a parar nas estações todas” e dos comboios não terem conforto, razões que, na sua perspetiva, estão na base da perda de milhões de passageiros nos úlimos anos por parte da ferrovia.
O presidente da Câmara de Oeiras é da opinião de que faz sentido “que haja bom transporte de autocarros que levem as pessoas para as estações de caminhos de ferro”, porque “os transprotes tal e qual como estão, com os circuitos que estão definidos, não respondem às necessidades do concelho”, onde existem vários parques empresariais.
“Hoje toda a gente enche a boca com as smart cities; toda a gente fala de smart cities para aqui, smart cities para ali. A primeira ferramenta que se insere integralmente no conceito
de smart city é o SATU”.
Isaltino Morais deposita esperança na atribuição das concessões de transporte rodoviário com base em novos cadernos de encargos para 2019 como forma de poder resolver parte do problema. Ainda assim, o autarca oeirense defende que tem de haver uma visão de conjunto para toda a região de Lisboa, sendo relevante para que isso ocorra o desempenho da Área metropolitana de Lisboa: “O que tem acontecido é cada município por si”, frisa.
Em termos de mobilidade e transportes, Isaltino Mnorais adianta ainda que “está a ser estudada, com a Câmara de Lisboa e a Carris, a hipótese de construção de uma linha de elétrico que ligue o Estadio Nacional a Linda-a-Velha e daí a Miraflores e Algés”, afirma.
Isaltino dá igualmente conta de que está previsto um investimento superior a 50 milhões de euros em três estradas que vão percorrer o município para funcionarem como alternativas à A5.
Quanto ao SATU (Sistema Automático de Transporte Urbano), o munícipe não abdica do projeto que deveria ligar Paço de Arcos ao Cacém. “Não desisti do SATU. Estamos a estudar a hipótese de o repor e, caso o grupo de trabalho que estamos a constituit diga que não é possível repor exatamente aquela tecnologia, vamos estudar a hipótese de uma outra, que pode ser um elétrico rápido”, explica. “Até ao fim do ano teremos já uma ideia”, conclui.
Isaltino Morais quer ainda tornar a marginal numa grande avenida, em vez de uma estrada de circulação de grande tráfego.
A autarquia de Oeiras submeteu uma proposta à Infraestruturas de Portugal para a construção de várias rotundas entre a Cruz Quebrada e Carcavelos. Projeto de maior dimensão é o desnivelamento da estrada junto a Santo Amaro para abrir toda esta frente ribeirinha do jardim de Santo Amaro para a praia.