A Mercedes-Benz vai lançar dentro de apenas dois anos uma versão elétrica de uma berlina de luxo, algo equivalente ao Classe S. Algo equivalente, porque o construtor refere que será um modelo à parte (EQ S), assente numa plataforma específica (MEA – de “Modular Electric Architecture”), até porque a plataforma do S existente (a MRA) não permite acomodar uma motorização integralmente elétrica, apenas hybrid plug-in (de resto, é o S 500 Plug-in Hybrid que usamos para ilustrar este artigo).

O Classe EQ S terá como rivais versões igualmente zero emissões locais do Jaguar XJ e do Audi A8.

Também novo será o local no qual este EQ S verá a luz do dia. Trata-se da “Factory 56” (“Fábrica 56”), cuja primeira pedra foi colocada esta semana.

 

Fábrica de elétricos erguida
numa área que ocupa o equivalente
a 30 campos de futebol.

Trata-se de um ambicioso projeto que ocupará uma área equivalente a 30 campos de futebol e que será dedicada, a partir de 2020 – quando começar a laborar -, à produção de veículos ligeiros de passageiros e veículos elétricos dos segmentos superior e de luxo, que incluem a já mencionada nova geração do Classe S, bem como o primeiro modelo elétrico da marca de produtos e tecnologia EQ “fabricado em Sindelfingen”.

De acordo com a Mercedes-Benz, a “Factory 56” combina três características “que definem tendências: é digital, flexível e dá vida ao termo ‘produção verde’”.

Digital
Os processos digitais na Indústria 4.0 são elementos essenciais do conceito de produção que incluem, por exemplo, sistemas de transporte não pilotados (DTS), com carrinhos de produtos que assistem a logística na linha de montagem e asseguram o contínuo fornecimento dos materiais necessários aos colaboradores na linha de montagem.

Através da integração de tecnologias de Identificação por Radiofrequência (RFID), os componentes e os veículos podem ser digitalmente monitorizados e associados uns aos outros.

Além disso, a Inteligência Artificial, as análises de Grandes Quantidades de Dados e a Manutenção Preditiva garantem uma elevada transparência e assistem durante o planeamento e controlo de produção, bem como na garantia de qualidade.

Sustentabilidade
A eficiência energética e a sustentabilidade ambiental desempenham um papel decisivo nas novas instalações. Um sistema fotovoltaico instalado no teto produz eletricidade “verde” e permite uma redução anual da energia consumida a partir da rede elétrica em cerca de 5,000 MWh. As emissões de CO2 na “Factory 56” serão reduzidas em cerca de 75% comparativamente à produção atual do Classe S, em Sindelfingen.

A construção translúcida e aberta das instalações na linha de montagem cria um ambiente de trabalho agradável para os colaboradores durante o dia. Além disso é possível regular a temperatura das instalações até sete graus inferior à temperatura exterior.

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