Em termos de veículos elétricos, a China é o mercado mundial nº1. De longe. A mais populosa nação do planeta regista, tanto em termos de venda de carros elétricos, como de fabrico de viaturas elétricas, um largo domínio no mundo.
A organização sem fins lucrativos International Council on Clean Transportation (ICCT) reuniu estatísitcas dos grandes mercados mundiais, apurando que a China responde por metade da produção e das vendas de veículos elétricos do globo.
Assim, dos 1,1 milhões de viaturas elétricas produzidas em todo o planeta, no ano passado, a China foi responsável por 595 mil veículos. A Europa tem uma quota de mercado em termos de produção de 21%, enquanto os EUA tem uma expressão de 17%. Já das linhas de montagem do Japão saem 8% dos veículos elétricos de todo o planeta. A Coreia do Sul surge com 3% de representatividade.
Em termos de vendas, a China também é imperial. Mesmo somando o número de EV comprados por europeus, japoneses e norte-americanos, esse registo acumulado nestes três referidos continentes fica aquém das aquisições de elétricos concretizadas pelos chineses.
A dimensão do mercado chinês não é a única razão apontada. Os incentivos estatais existentes estão, igualmente, na génese deste crescimento.
Outra interessante observação que elucida bem a potência que é a China ao nível da mobilidade elétrica é o facto de no “top 20” dos principais fabricantes de veículos elétricos mundiais, nove têm a sua sede na China, quatro estão sedeados na Europa e três possuem o seu quartel-general nos EUA. Neste “top 20” estão ainda três construtores japoneses e um sul-coreano.
A China devia proibir a venda automóveis de combustão a partir de 2025 no seu território, seria um excelente exemplo que dava, penso que poderá ser a nação que têm melhores condições politicas e tecnológicas no momento para dar já este passo.