A Micro Mobility Systems (MMS), a empresa dirigida pelos irmãos suiços Oliver e Merlin Ouboter e pelo seu pai Wim Ouboter, que está empenhada em recuperar o velho BMW Isetta da década de 1950 para os tempos atuais com uma motorização adequada às exigências dos nossos dias (elétrica, portanto), fez saber que o modelo já recebeu 6500 pedidos de encomenda.

Recorde-se que depois dos primeiros dois protótipos do Microlino terem sido fabricados na China, os suíços estabeleceram (em abril de 2016) uma parceria com a italiana Tazzari para a produção de 5000 exemplares por ano.

A fábrica será a da Tazzari, em Imola, Itália, de onde já sai o Tazzari ZERO (nesta foto).

Ou seja, as 6500 encomendas do Microlino superam já em 23% a produção prevista para um primeiro ano completo.

O arranque da montagem começará por estes dias, já que está prevista para acontecer entre setembro e dezembro deste ano de 2018, com a montagem de 100 unidades iniciais.

Trata-se, assim, de um projeto helvético-transalpino que segue uma linha nostálgica que a indústria automóvel está a adotar, como descreve neste artigo Francisco Mota, jornalista e jurado do prémio Car Of The Year (COTY) e colaborador do Welectric.

Motorização e autonomia

O Microlino possui versões com baterias de 8 kWh (autonomia de 125 km) ou 14.4 kWh (autonomia de 200 km). As baterias de iões de lítio são do tipo LiFePO4, de fosfato de lítio ferro.

O motor elétrico de 20 cv (15 kW) e 110 Nm de binário permite que este “carro-bolha” do século XXI atinja 90 km/h, podendo acelerar em 5 segundos dos 0-50 km/h.

A MMS conta poder vender
o seu modelo por um preço a
começar nos 12 mil euros

O mercado suíço será o primeiro a receber os veículos, seguindo-se, em 2019, a Alemanha.

Microlino: oito cores, oito cidades

Para reforçar a sua veia de viatura urbana, a paleta de cores prevista para a carroçaria inspira-se também em nomes de cidades.

Para os promotores do projeto, este “carro-bolha” ou, se se preferir, este “Smart XS” faz todo o sentido na mobilidade urbana, na medida em que a média diária de ocupação dos carros que circulam nas cidades é de 1,2 pessoas/veículo, fazendo em média uns meros 35 km/dia.

De acordo com o diretor de marketing da MMS, Merlin Ouboter, a viatura passou nos testes de homologação europeus em julho de 2018, tendo, por essa razão, garantido o “ok” para circular nas estradas do Velho Continente.

O Microlino constará na categoria de quadriciclo motorizado L7e, à semelhança do que acontece com o Renault Twizy, modelo que será um dos seus grandes concorrentes.

Com 2,43 metros de comprimento e 1,50 metros de largura, o Microlino pesa 435 kg (sem baterias e condutor) e uma mala de 300 litros.

Em termos de tempos de carregamento, uma tomada doméstica de 220V é capaz de carregar 80% da bateria do Microlino em quatro horas. Se se usar uma ligação Type 2 é necessária apenas uma hora.

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