Projeto do Sora Fuel Cell que a Toyota tem a circular em Tóquio

A Toyota e a CaetanoBus deram mais um passo no desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo de passageiros com zero emissões.

Assim, mediante um acordo firmado, pela primeira vez na Europa, a Toyota irá fornecer os seus sistemas de pilha de combustível, tanques de hidrogénio e outros componentes chave em matéria de viaturas a hidogénio à CaetanoBus. Na prática, isto significa que a empresa da Salvador Caetano Indústria dedicada ao desenvolvimento e fabrico de autocarros irá produzir e comercializar autocarros fuel cell.

“Com esta parceria, a Toyota reforça o seu contributo para a criação de uma sociedade baseada no hidrogénio, promovendo a tecnologia de pilha de combustível aplicada a outros meios de transporte que não apenas os veículos ligeiros de passageiros”, afirma o construtor.

Os primeiros autocarros de pilha de combustível com zero emissões começarão a sair das linhas da Caetanobus no final do próximo ano, e serão fornecidos aos operadores europeus.

O primeiro autocarro sairá da fábrica da CaetanoBus no final de 2019 para o mercado europeu

“O fornecimento dos nossos sistemas de pilha de combustível à CaetanoBus demonstra os muitos usos práticos e benefícios ambientais do hidrogénio para uma sociedade livre de carbono. Estamos realmente animados com a perspetiva de ver os primeiros autocarros do nosso parceiro automóvel de longa data nas estradas europeias”, declara Johan van Zyl.

O desenvolvimento do Projeto Fuel Cell Bus aprofunda a relação de longa data entre a Toyota e a Salvador Caetano. A Salvador Caetano produz veículos Toyota desde 1971 e é o representante exclusivo da marca em Portugal.

A parceria estende-se agora à CaetanoBus com o objetivo de difundir a tecnologia do hidrogénio e acelerar a sua comercialização no mercado europeu.

O CEO da Toyota Motor Europe acrescenta que “os autocarros a hidrogénio têm vantagens significativas em comparação com outros veículos de emissão zero, nomeadamente uma autonomia superior e um tempo de reabastecimento reduzido. Estes benefícios permitem que os autocarros movidos a pilha de combustível de hidrogénio possam operar em rotas mais longas e possibilitam uma maior utilização.”

Por seu lado, o empresário português José Ramos e presidente da Salvador Caetano Indústria, encara este acordo com muito orgulho “por sermos a primeira empresa na Europa a beneficiar da tecnologia líder de pilha de combustível da Toyota. E é com satisfação que vamos demonstrar as nossas capacidades de excelência no desenvolvimento e fabrico de autocarros. Acreditamos que o hidrogénio é uma ótima solução para os autocarros com zero emissões.”

Sora Bus para o Japão

A Toyota já tinha dado a conhecer o Sora FC Bus, Bus Fuel Cell (célula de combustível de hidrogénio), certificado para circular no Japão.

O autocarro está equipado com o Sistema Fuel Cell da Toyota (TFCS – Toyota Fuel Cell System), desenvolvido para o automóvel Fuel Cell Mirai.

Energy Observer em Lisboa

A embarcação Energy Observer é movida a energia solar, eólica e a hidrogénio

O lançamento oficial do Projeto Fuel Cell Bus aconteceu esta quarta feira em Lisboa, na presença do Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, na sequência da passagem do Energy Observer por Lisboa, a primeira embarcação em todo o mundo movida a hidrogénio de forma autónoma, sem emissões de gases.

Trata-se de um projeto inovador que aposta nas vantagens económicas e ambientais da utilização da fonte energética de hidrogénio, com vasto potencial de futuro.

Para além disso, pretende ser uma resposta às exigentes metas ambientais impostas pela União Europeia no que diz respeito à redução das emissões de gases com efeitos de estufa provenientes dos transportes.

0 0 votes
Article Rating
Artigo anteriorTesla Model 3 seguro? Entidade de transporte fez crash test e tem veredito
Próximo artigoDois novos museus passam a integrar a Rede Portuguesa de Museus
1 Comentário
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Dani
Dani
6 anos atrás

Se, por um lado, isto é óptimo do ponto de vista de poluição, por outro lado não é economicamente muito favorável…

O hidrogénio é e sempre será mais caro do que a electricidade.