No segundo dia do Smart Cities Expo World Congress, em Barcelona, estes foram os temas em destaque:
A Co-Criação
Jack Millers, Presidente da Câmara de Den Bosch nos Países Baixos, começa a sua sessão matinal enquadrada no tema em discussão sobre Civic Tech & Collective Creativity, com esta questão pertinente: Fará mais sentido a Implementação de iniciativas através da análise de dados da população ou a co-criação com a comunidade local?
Para tomar decisões ponderadas, prefere juntar a sua equipa e envolver a comunidade local, colocando-lhes questões simples para avaliarem se se sentem seguros a andar a pé à noite ou se os seus filhos brincam nos jardins públicos.
Em tom irónico ri e diz que são nestas “Teddy Bear sessions” que chegam às melhores decisões, acrescentando que usam post-its e desenhos para definirem prioridades e estratégias em conjunto, o que consideram ser a ferramenta de “design thinking” mais eficiente.
Defende a proximidade às pessoas e não a tecnologia, tal como desconstrói o conceito de smart Cities que vê como sharing Cities.
A Gentrificação
Outra das sessões com mais impacto neste segundo dia do SCEWC, foi a de Murray Cox, ativista anti Airbnb e Fundador da plataforma Inside Airbnb.
O seu trabalho tem por base a análise de dados que lhe permitem fundamentar fenómenos como o impacto na habitação das diferentes cidades em análise, com destaque para S. Francisco onde a regulamentação aplicada já está a ter um impacto positivo nos dados que apresentou.
A UE e o airbnb
No que diz respeito a regulamentação, Tonet Font (Adviser em Inovação Social e responsável pelo programa A-Atri na Câmara Municipal de Barcelona), deixa bem clara a posição de Bruxelas em relação a plataformas como o Airbnb, avaliadas pela UE como ferramentas inovadoras e úteis, assim como à proteção das mesmas perante os grandes problemas levantados pelas Câmaras das cidades mais afectadas por estes fenómenos da gentrificação e falta de habitação.
Open Data
Na sessão dedicada ao tema “How is open data transforming Urban Services?”, o foco central foi a partilha das vantagens do acesso aos dados sem restrições, para escalar projectos mesmo que impliquem as devidas adaptações ao contexto local de cada cidade.