Quase dois terços das empresas (62%) tencionam fazer um investimento em tecnologia imobiliária durante os próximos três anos, a maioria delas já no próximo ano, de acordo com o mais recente estudo da CBRE Occupier Survey para os mercados EMEA, Europa, Médio Oriente e África.

“As empresas pretendem investir mais em novas tecnologias imobiliárias a curto e médio prazo, de modo a melhorar a experiência do utilizador e aumentar a produtividade dos colaboradores”, afirma a CBRE que conclui que “este facto demonstra um claro afastamento da tradicional utilização da tecnologia imobiliária para objetivos puramente operacionais, como a gestão de energia”.

Tecnologia para melhorar eficiência de espaços

As tecnologias que estão a ser adotadas incluem aplicações de localização, sensores conectados e sistemas de controlo de temperatura. “Sistemas e sensores de reserva de salas ou lugares também são cada vez mais populares e ajudam a melhorar substancialmente a eficiência dos espaços”, refere esta empresa imobiliária de implantação mundial.

De acordo com André Almada, diretor sénior da agência de escritórios da CBRE, “o escritório, tal como o conhecemos, está a desaparecer e a dar lugar a espaços customizados onde a tecnologia tem um papel central. Estas mudanças vão obrigar a uma mudança de estratégia na forma como as empresas utilizam o espaço”.

Espaços de trabalho colaborativos

Segundo a análise feita por estes especialistas, “as empresas consideram já espaços de escritórios flexíveis como um elemento-chave nos seus portefólios corporativos. Espera-se que a proporção de empresas que não utilizam espaços de trabalho flexíveis diminua de 35% para 21%, o que indica uma crescente consciencialização e interesse mesmo entre as empresas mais resistentes a esta mudança”.

Outra característica identificada pela CBRE vai no sentido de que “as empresas estão também a distinguir cada vez mais os vários tipos de espaços flexíveis disponíveis e, em geral, favorecem espaços de trabalho colaborativos. Todos revelam um aumento de dois dígitos na expectativa de uso destes espaços em três anos, em comparação com o nível atual. O aumento é mais acentuado para espaços de co-working, que veem um aumento de mais de 20 pontos percentuais para 56%”.

Co-working cada vez mais comum

Em relação aos novos tipos de escritórios, André Almada reforça que “o mundo do trabalho é cada vez mais colaborativo e por isso é natural que os espaços de co-working passem a ser cada vez mais comuns nos grandes centros urbanos”.

Também o bem-estar passou a ser um pilar central da estratégia imobiliária. Quatro em cada cinco ocupantes já têm, ou pretendem introduzir, programas de bem-estar e uma proporção ainda maior tem algum grau de preferência por edifícios com capacidade de bem-estar.

Artigo anteriorCondução autónoma é oportunidade para empresas
Próximo artigoElétricos mais ecológicos mesmo com pegada desfavorável da produção