O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul apuraram os vencedores da 2ª edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos”, que este ano reforçou o valor a atribuir em 50 mil euros, passando, assim, o prémio de 100 para 150 mil euros.

2ª edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos”

Sob o tema “Espécies Marinhas Ameaçadas. Da Ciência para a Consciência”, nesta edição foram avaliados projetos de conservação dedicados a espécies marinhas classificadas como “Criticamente em Perigo”, “Em Perigo” e “Vulnerável”, segundo a chamada “Lista Vermelha” da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN Red List of Threatened Species).

Um jurí internacional constituído por especialistas na área da conservação, selecionou como vencedores dois projetos:

“Whale Tales Project”
Proposto pela Arditi – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, este projeto “Whale Tales Project” receberá um financiamento de 50 mil euros. Dedica-se ao estudo do cachalote (Physeter macrocephalus), cujo estatuto de conservação é “Vulnerável”. O foco do “Whale Tales” é no arquipelago da Madeira, área onde existe pouca informação sobre a utilização de habitat por esta espécie.

“Eel Trek”
Desenvolvido pela Fundação Gaspar Frutuoso, o projeto “Eel Trek” receberá um financiamento de 100 mil euros. Pretende estudar a migração da enguia-europeia (Anguilla anguilla), classificada como “Criticamente em Perigo”, e que é fundamental para a sua conservação uma vez que o seu ciclo de vida é complexo, entre o oceano e os rios.

Para João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa e administrador da Fundação Oceano Azul, “o financiamento de 150 mil euros do Fundo para a Conservação dos Oceanos é um apoio relevante a projetos que se dedicam à conservação de uma espécie em particular, principalmente quando se sabe à partida que as suas populações estão ameaçadas. O nosso compromisso para o futuro, é a conservação do oceano sem nunca esquecer as espécies que são necessárias proteger”.

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