A mobilidade elétrica tem o potencial de criar mais do dobro de novos empregos que o número que será perdido com o desaparecimento dos automóveis com motores de combustão interna. Essa é a principal conclusão de um estudo da Associação Europeia de Instaladores Elétricos (European Association of Electrical Contractors) sobre o impacto no emprego resultante de uma mudança para veículos elétricos.
Os principais beneficiários serão pessoas que trabalham para PME.
O estudo avaliou a criação de empregos em vários domínios do processo de produção da eletromobilidade, concluindo que, até 2030, um total de quase 200.000 empregos permanentes serão criados (199.470 mais especificamente).
Esta extrapolação baseia-se numa penetração moderada de veículos plug-in, representando cerca de 35% das vendas de automóveis novos até 2030.
Destes 200.000 postos de trabalho, 57% serão provenientes de: instalação (11%), operação (7%) e manutenção (39%) de pontos de carregamento.
O relatório da Associação Europeia de Instaladores Elétricos compara ainda estes dados com um estudo do instituto de pesquisa alemão Fraunhofer sobre o impacto da eletrificação nos empregos na Alemanha, transpondo-os para o espaço de toda a União Europeia.
Os analistas do instituto Fraunhofer sugerem que cerca de 306.000 postos de trabalho se irão perder na indústria automóvel até 2030, mas apenas 27% destes (cerca de 84.000) são especificamente devido a um aumento do enfoque na eletromobilidade; o resto é o resultado de melhorias de produtividade.
84 mil postos que morrem, 200 mil que nascem
Ou seja, contrapondo aos 84.000 postos de trabalho que acabarão resultado direto do incremento da aposta da mobilidade elétrica, criar-se-ão quase 200.000 empregos permanentes devido ao desenvolvimento de toda uma cadeia de valor associada às viaturas elétricas.
Os responsáveis da Associação Europeia de Instaladores Elétricos consideram que a eletromobilidade é uma grande oportunidade de negócios também “para as empresas locais gerarem empregos locais, verdes e altamente qualificados”.
O estudo completo pode ser acedido aqui neste link.