A sustentabilidade das habitações não se reflete somente na reunião de padrões energéticos eficientes ou na alimentação energética ser proveniente de fontes renováveis. Também se traduz no próprio modo como os imóveis são desenhados e fabricados, bem como na sua integração no ambiente e nos materiais utilizados, quer na edificação, quer nos móveis.

Nesse contexto, a Boa Safra surge como uma editora de design sustentável para a casa, que disponibiliza peças de designers portugueses, fabricadas localmente.

Quarta geração de marceneiros

Entre as peças produzidas conta-se mobiliário para casa e por medida e peças de decoração de interiores. A simplicidade estética e a utilização de materiais e acabamentos naturais definem os produtos editados pela Boa Safra.

O que nos chamou mais a atenção desta empresa familiar 100% portuguesa de origem nortenha (Ovar), que vai já na quarta geração de marceneiros, é o facto de ter assumido como drive a sustentabilidade, preocupação que rege todas as suas práticas desde a escolha das matérias primas, passando pelo processo de fabrico, até à entrega do produto final.

“A madeira é o material mais sustentável conhecido pelo homem” diz Rui Rocha, CEO da Boa Safra

De acordo com os responsáveis da Boa Safra, os produtos são pensados logo de raiz no sentido de terem a menor pegada ecológica possível, não descurando a qualidade.

Um engenheiro industrial, uma engenheira do ambiente e uma designer de mobiliário de interiores são a equipa base da Boa Safra.

“As madeiras utilizadas são provenientes da floresta europeia, a única floresta que tem taxas de reflorestação positiva, garantindo-nos ao mesmo tempo uma madeira de enorme qualidade. Os óleos utilizados nos acabamentos são criados por nós e 100% ecológicos, assim como as tintas, não comprometendo o ambiente nem a saúde das pessoas que os produzem, compram ou que com eles convivem”, assegura Rui Rocha, diretor geral da empresa e engenheiro industrial.

Etiqueta sustentável

Todos os produtos editados pela marca dispõem de uma etiqueta de avaliação de sustentabilidade. Nesta etiqueta os produtos são analisados relativamente a oito parâmetros: boa gestão de recursos, baixo consumo energético, ausência de substâncias tóxicas, reciclável, de origem local, biodegradável, comércio justo e baixo em resíduos.

“O design deve cuidar da relação entre a economia, as pessoas e o planeta, garantindo que as necessidades da geração presente não comprometem as necessidades das gerações futuras”, diz Rui Rocha, diretor geral da Boa Safra.

Design de interiores

Além da edição de design sustentável para a casa, esta marca nacional distingue-se ainda por propor o conceito myHome, serviço integrado de design de interiores em que o cliente é “co-criador”. “Através de uma metodologia própria, que analisa o perfil psicológico do cliente, desenvolvemos toda a decoração da casa, adaptando e criando mobiliário específico ao projeto em questão e oferecendo ainda consultoria na organização e na arrumação da casa”, refere o diretor geral da empresa.

A Boa Safra conta com uma loja no Porto (Mercado do Bom Sucesso) e duas lojas em Lisboa: uma no Praça do Príncipe Real, no edifício Embaixada e outra em Alcântara, na Lx Factory.

Artigo anteriorEletrificação de clássicos: sim ou não?
Próximo artigoUma indústria à beira de um ataque de nervo