Para reconhecer e fortalecer os espaços públicos, é essencial envolver a comunidade, entender o que move a população local a frequentar as praças, ruas, pátios, parques e todos os outros lugares próximos onde interagem com a natureza da cidade.

Nestes ambientes compartilhados, todos os elementos que criam uma energia positiva devem ser planeados para quem os frequenta, tanto crianças e famílias, como idosos e animais.

O uso destes espaços públicos tem vindo a evoluir ao longo dos anos pelo que pequenas mudanças podem gerar grandes melhorias na interacção que se pretende fomentar para que a qualidade de vida nas cidades seja, de facto, reconhecida pelos cidadãos.

A limpeza, a segurança e a acessibilidade destes lugares urbanos compartilhados, são considerados factores básicos e que, logo à partida, devem estar garantidos.
No entanto, a sensação de bem-estar e a frequência destes espaços aumentam, quando em cada um se consegue proporcionar experiências exclusivas e adaptadas às necessidades dos principais frequentadores.

Empresas podem e devem participar

Tudo isto parece linear e os dedos apontam imediatamente para as entidades públicas mas, tendo em conta que nestas localidades também existem empresas, julgo que fará sentido repensar estrategicamente e criar parcerias publico-privadas, que acelerem os processos sem grandes burocracias “à portuguesa”.

As marcas querem envolver-se com a comunidade, querem estar mais próximas do consumidor pelo que esta oportunidade de conjugação de interesses, deve ser promovida e estimulada.

Um exemplo promissor, mas…

Relembro o caso da Tapada Nacional de Mafra (TNM), em que estive envolvida há cerca de quatro anos com a responsabilidade de reposicionar a imagem do espaço, na altura degradada e sem alinhamento estratégico de posicionamento.

Esta Floresta Encantada tem uma História para contar desde 1747 e todos a querem ouvir.
Também a biodiversidade que ali se encontra remete para a conhecida história do Bambi, onde se podem observar de perto no seu habitat natural tanto veados como javalis, corujas e tantos outros.

A partir desta riqueza de conteúdos, desenvolveram-se programas adaptados a todos os atuais e potenciais interessados em visitar este espaço, consoante as épocas do ano, estilos de vida e idades.

Depois de alinhada a nova estratégia de comunicação e o respectivo branding da Floresta Encantada foram criadas parcerias com entidades publicas e privadas que, imediatamente, se quiseram envolver e apoiar todas as iniciativas planeadas: desde a sinalética, à comunicação em geral como o mapa impresso de orientação no espaço (que não existia), tal como o site mobile responsive com venda de bilhetes online (via Blueticket).

Marcas como a JEEP, Olá Gelados, McDonalds, Horto Campo Grande, entre outras, fizeram parte do plano de revitalização deste espaço com tanto potencial mas que, infelizmente, voltou ao silêncio do passado…

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