A Volvo já fez saber que vai terminar a produção dos seus motores a gasóleo em 2023, tendo já começado a virar o azimute no sentido de, a partir de 2019, todos os seus modelos novos serem parcial (Hybrid) ou integralmente equipados com baterias (BEV).
A aposta nos PHEV tem a haver com esta estratégia. Depois de ter lançado o T8 no XC90, a marca sueca estendeu à restante família 90 este Twin Engine.
Qual é a potência de cada motor?
A motorização em causa conjuga um quatro cilindros em linha a gasolina 2.0 litros Turbo e supercharger com 320 cv e 400 Nm com um motor elétrico de 87 cv e 240 Nm. Potência total do conjunto: 390 cv. E se no XC90, este bloco mostrava-se imponente, aqui na berlina S90 o adjetivo a usar tem de ser o mesmo. Apesar dos seus 2230 kg de peso, o S90 torna-se leve com este músculo, capaz de chegar aos 100 km/h em 5,1 segundos. Um Mercedes-Benz E 350 e Berlina (Plug-in a gasolina com 279 cv/600 Nm, 1925 kg de peso e bloco de 1991 cc), por exemplo, cumpre este desafio em 6,3 segundos.
Que modos de condução tem?
Há quatro modos de condução. Por defeito, o sistema escolhe o modo Hybrid (mais equilibrado para o dia-a-dia), havendo à escolha mais três possibilidades: “Constant AWD” (Tração integral), “Pure” (Condução Eco) e “Power” (condução desportiva). Dependendo do modo de condução selecionado, assim a gestão eletrónica do motor/caixa automática de oito (muito eficaz) contribui para uma condução mais económica ou mais fulgurante, conforme o desejo do momento.
A cada modo selecionado, corresponde igualmente um grafismo diferente no painel de instrumentos do carro, com o mais entusiasmante “Power” a ser pintado em tons de vermelho.
Mesmo quando o propulsor a gasolina se faz ouvir mais, a insonorização do modelo é sempre boa e ajuda a deixar os ocupantes a sentir que estão numa sala de estar prazerosa.
Qual é a autonomia em modo elétrico?
Por ser um PHEV e graças ao motor elétrico, o veículo consegue ser muito suave quando se empreende uma condução defensiva, oferecendo uma autonomia em modo integralmente elétrico que oscila entre os 25 e os 45 km, dependendo do tipo de trânsito, do tipo de vias por onde se circula e da impetuosidade com que se doseia o pedal direito.
O que é a função “charge”?
A função “charge” permite que o motor a gasolina carregue as baterias elétricas quando estas perderam a sua carga, sem ser necessário usar o cabo. É selecionável no ecrã tátil do painel central de 9,3’’. No geral do nosso teste, fazendo um estilo de condução misto (alternando acelerações maiores com rolamentos em velocidade de cruzeiro), fizemos uma (boa) média de 7 l/100 km.
Que equipamentos traz esta versão R-Design?
A versão de equipamento que guiámos, a R-Design, dispunha de 3771 euros de packs de equipamentos (Business Connect Pro – 2590 euros – e Versatility – 1181 euros) e de 2116 euros de opcionais (entre os quais banco elétrico para passageiro – 523 euros -, banco elétrico para o condutor – 861 euros -, fecho de segurança elétrico das portas traseiras – 111 euros -, banco do passageiro com memória – 98 euros – e câmara traseira – 523 euros).
Tudo isto num design exterior único, de grande personalidade e charme, que coloca os ocupantes a vivenciar uma experiência de conforto, estilo lounge no habitáculo. A pureza e bom gosto do design escandinavo que a Volvo conseguiu com a sua atual linha de produto (incluindo a integração do sistema de infotainment) continuam a deixar-nos arrebatados. Este T8 que ali vive torna esta “habitação” sublime.
Preço (S90 T8 390 cv R Design AWD) desde: 72.437 euros
(unidade ensaiada: 80.000 euros)