Lisboa foi por estes dias a cidade cidade-anfitriã do Solar Cities, um encontro internacional para a promoção de energia solar em meio urbanos das Nações Unidas que reuniu na capital portuguesa presidentes e representantes de municípios de vários países da Europa.
No encontro, ficou a saber-se que Lisboa quer aumentar em três vezes a produção de energia solar até 2021, passando de 4 MW (MegaWatts) para 12 MW dentro de dois anos.
Até 2030, o intuito é chegar aos 103 MW.
Algumas das cidades representadas no encontro foram Lisboa, Santo Tirso e Cascais (de Portugal), Dushanbe (do Tajiquistão), Sabac, Kragujevac e Nis (da Sérvia), Chisinau (da Moldávia) e Rustav (da Georgia).
Uma das formas de alcançar esse objetivo passa pela instalação de painéis solares em edifícios públicos e privados com uma capacidade total fotovoltaica de 8 MW, através da criação de incentivos.
Outra medida na agenda do município é a construção de uma central solar, de 2 MW de capacidade, nos terrenos municipais junto ao cemitério de Carnide, cuja eletricidade irá alimentar transportes públicos (futura frota elétrica da Carris) e veículos afetos à higiene urbana.
Entretanto, em maio, a Câmara Municipal de Lisboa conta lançar a Plataforma SOLIS (Plataforma Solar de Lisboa) para promover a energia solar e esclarecer dúvidas mais frequentes que os cidadãos tenham a respeito do que podem e devem fazer, caso pretendam instalar um painel fotovoltaico na sua habitação ou estabelecimento.
Essa plataforma, que terá por trás a Lisboa E-Nova – Agência de Energia e Ambiente de Lisboa, irá disponibilizar ainda três mapas distintos com três níveis de detalhe diferentes: à escala da cidade, da freguesia e do edifício.
Esses três mapas são:
- radiação que tipicamente chega aos telhados na cidade, com base em cartografia atualizada;
- potencial de geração de eletricidade solar, com a funcionalidade de estimar taxas de auto-consumo baseadas num perfil de ocupação;
- localização de instalações fotovoltaicas existentes na cidade e a sua evolução no tempo.
O evento de Lisboa serviu ainda de ponto de partida para a concretização e assinatura da Carta de Compromisso “Solar Mayors” (“Solar Mayors Charter”), uma declaração aberta e internacional que unirá autarcas de todo o mundo na promoção de políticas públicas e projetos que fomentem a adoção de energia solar em meio urbano e o envolvimento dos cidadãos nesta transição.