A Opel acabou de apresentar, na sua fábrica de Rüsselsheim, o plano de eletrificação para os próximos meses. O construtor comemora 120 anos desde que produziu o primeiro automóvel e tem a ambição de massificar a utilização de veículos eletrificados.

Nada menos do que quatro novos modelos, três dos quais elétricos a bateria não aparecer nos próximos meses. Já conhecíamos os planos do Grandland X Hybrid4, o SUV PHEV com 300 cavalos e o Corsa E. Agora foram também confirmados mais dois elétricos disponibilizados em 2020. Um será o sucessor do Mokka e outro, o furgão Vivaro-e.

Um ‘best-seller’ elétrico

O Corsa vai novamente desempenhar um papel fundamental para a marca, porque continua a ser o seu modelo emblemático e um dos líderes do segmento B na Europa.

É também bastante revelador que a Opel esteja pronta a abrir as encomendas ao Corsa elétrico antes de dar início à comercialização das versões a gasóleo e gasolina.

Este ‘best seller’ compacto de cinco lugares tem um pack de baterias de 50 kWh, um valor inédito num automóvel destas dimensões. O construtor alemão integrado no Grupo PSA revela uma autonomia de 330 quilómetros segundo o ciclo WLTP1. Este alcance será mais do que suficiente para a grande maioria das deslocações dos seus utilizadores, permitindo mesmo percursos regulares mais longos. 

Quando for necessário carregar a bateria fora de casa, o Corsa-e permitirá velocidades de carregamento a rondar os 100 kWh. Trinta minutos será suficiente para carregar 80% da bateria. Esta tem uma garantia de oito anos, uma duração já padronizada da indústria.

Através da aplicação MyOpel poderá ser consultado em direto o estado de carga, sendo possível controlar horários e custos de carregamento para aproveitar, por exemplo, as vantagens de uma tarifa bi ou tri-horária.

Prestações de relevo

O motor elétrico, acoplado às rodas dianteiras tem 136 cavalos (100 kW) e permite acelerações vigorosas, sobretudo em modo Sport, um dos três disponíveis. Os outros são os Normal e Eco, que permitem maior frugalidade no consumo de energia. 

Mas voltando às acelerações que, graças à disponibilidade imediata dos 260 Nm de binário, rivalizam com alguns desportivos, eis o que consegue o Corsa-e; partindo imobilizado, atinge os 50 km/h em 2,8 segundos e os 100 km/h em 8,1 segundos. Nada mau.

Nos modos Normal e Eco as acelerações serão, naturalmente, menos espetaculares, mas terão o seu reverso com benefícios diretos na autonomia.

Tecnologia de referência

A Opel vai estrear nesta versão diversos sistemas de assistência à condução, até agora ausentes deste segmento.

Destacam-se os faróis adaptativos de matriz LED. Os oito elementos que os compõem são controlados por uma câmara dianteira de alta resolução. Desta forma é possível modular a intensidade do feixe de luz de acordo com as condições de circulação.

A câmara dianteira consegue ainda reconhecer sinais de trânsito e o limite de velocidade no local é mostrado no painel de instrumentos.

O Corsa-e pode ainda estar equipado com programador de velocidade adaptativo, baseado em radar e sensores de flanco. Ainda disponíveis estarão o sistema de alerta de ângulo cego e vários tipos de assistências ao estacionamento.

Inteligência dinâmica

Ao vivo, esta geração do Corsa revelou-se a mais apurado de sempre, mantendo as dimensões compactas do seu antecessor. A relação entre o tamanho da carroçaria e o espaço interior para cinco pessoas continua a ser uma prioridade, num modelo em que as questões práticas são essenciais.

O interior ainda não foi mostrado desta vez, mas as imagens conhecidas mostram um habitáculo moderno, com tabliê completamente digitalizado. Os bancos forrados a couro estarão disponíveis como opção.

A linha de tejadilho é um pouco mais baixa do que na geração anterior, o que lhe confere uma imagem quase de coupé. São apenas 4,8 centímetros a menos, compensados porque os bancos estão montados também mais abaixo. A altura interior, do piso ao tejadilho mantém-se quase inalterada.

Estas alterações na sua plataforma potenciam um centro de gravidade baixo e a Opel promete que o comportamento dinâmico sai significativamente beneficiado. Espera-se uma resposta melhorada e uma condução mais ‘divertida’, mas só vamos poder confirmar dentro de alguns meses, quando realizarmos o primeiro ensaio. 

Entretanto, estas informações preliminares não ficariam completas sem os novos sistemas de informação e entretenimento do novo Corsa. Estão disponíveis dos ecrãs táteis: o Multimedia Navi, com sete polegadas e o topo de gama Multimedia Navi Pro, com 10 polegadas.

Os novos serviços telemáticos “Opel Connect” têm funções como navegação com informações de tráfego em tempo real, bem como ligação direta a assistência em viagem e chamada de emergência.

Preço, uma boa surpresa

Embora ainda não haja confirmação para Portugal, o objetivo é que a versão de base, com bom nível de equipamento, custe menos de 30.000 €. É um excelente valor para um automóvel com uma autonomia real superior a 300 km. Embora possa parecer dispendioso para uso particular, a verdade é que, a verdade é que, fazendo contas à poupança em custos de energia e menor manutenção, o Corsa-e passa, de facto, a ser uma alternativa aos modelos de combustão.

Para empresas então, as vantagens começam mais cedo, já que o IVA, pelo menos no atual regime, permite a recuperação integral do IVA.

Os modelos de lançamento ‘First Edition’ têm um nível de equipamento ainda mais completo. As encomendas já são possíveis na Alemanha a partir de hoje. O preço é de 32.900 euros.

Pode ver todas as características do Opel Corsa-e na nossa secção de Mercado.

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