Apesar de um forte crescimento em 2018, um estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), dado a conhecer pela associação Zero, evidencia que o mercado europeu de veículos elétricos atingiu apenas uma quota de mercado de 2,5% em 2018 (2,0% apenas nos 28 Estados-Membros da UE). Os principais mercados foram Noruega (49%), Suécia (8%), Holanda (6,7%), a Finlândia (4,7%) e Portugal (3,4%) (ver figura no final do comunicado).

Por seu lado, entre nós e segundo os últimos dados divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) referentes ao primeiro semestre de 2019, do total de 128.595 veículos ligeiros de passageiros vendidos em Portugal, 51,2% eram movidos a gasolina e 39,4% a gasóleo, invertendo-se, assim, a tendência dominante da motorização a gasóleo que se verificava desde 2003.

Os veículos alternativos já representam 9,4% do mercado automóvel.

Destes, os veículos 100% elétricos já valem 3% da quota de mercado português.

Momento crucial para enviar sinal à indústria

Para a associação Zero, este é um momento crucial para a indústria automóvel da Europa: “Os fabricantes estão a investir 145 mil milhões de euros em eletrificação e a produção de baterias está finalmente a chegar. É fundamental enviar um sinal claro à indústria de que a era dos motores de combustão interna está a chegar ao fim e não existe outra saída à eliminação progressiva das vendas de automóveis a gasolina e a gasóleo nas cidades, na UE e em Portugal”.

Neste contexto, a Zero quer medidas legitimamente mais restritivas na venda de veículos a gasóleo e gasolina em Portugal “pela poluição que provocam, acelerando-se a descarbonização do sector dos transportes”.

“Graças aos limites de emissão de CO2 dos novos veículos ligeiros, a Europa está prestes a assistir uma revolução nas vendas de novos veículos elétricos, com maior autonomia e a preços mais acessíveis, mas será necessário que os governos ajudem a implementar postos de carregamento em casa e no trabalho, e revejam a tributação sobre os veículos para tornar os elétricos ainda mais atrativos do que os veículos a gasóleo e gasolina”, referem os ambientalistas.

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