2020 é o primeiro ano em que a Smart, marca do Grupo Daimler, terá uma oferta integralmente elétrica.

A transição para viaturas 100% elétricas corresponde à adoção da sigla EQ (também presente nos EV da Mercedes-Benz), constituindo um desafio para o construtor e para toda a rede de concessionários a nível global, dada a natural redução de vendas que acontecerá, em virtude do desaparecimento no portefólio das soluções a gasolina que, em 2019, valeram 90% das escolhas dos consumidores nacionais: 3664 unidades a gasolina vs. 407 exemplares elétricos.

Em 2019, derradeiro ano em que a Smart vendeu unidades com motores a combustão, o construtor teve em território nacional o seu melhor ano de sempre, com uma quota de mercado de 1,8%, o que colocou a performance da marca em Portugal como a melhor da Europa, a par da assinalada em Itália, com igual penetração de mercado (1,8%). Por cá, a Smart entregou no ano passado 4.071 unidades, mais 27% do que em 2018.

Bernardo Villa não se compromete, porém, com números acerca de qual poderá vir a ser o volume de matrículas da sigla da qual é diretor de marketing e vendas entre nós.

Este responsável recorda que, à semelhança do que aconteceu em 2001, quando a marca foi introduzida em Portugal, este ano representa um recomeço de vida para a Smart, fruto da alteração do paradigma das motorizações. “Somos a primeira marca automóvel do mundo a transformar-se em 100% elétrica. Como tal, é prematuro avançar com estimativas de vendas”, diz o diretor da Smart.

Considerando os incentivos fiscais existentes e que favorecem sobretudo as aquisições por parte das empresas, Bernardo Villa considera que poderá haver uma alteração no tipo de cliente Smart. Os até aqui predominantes clientes particulares poderão ser suplantados por clientes-empresa, mesmo que nalguns casos se tratem de firmas unipessoais.

A expectativa de Bernardo Villa é que o Fortwo Coupé (agora elétrico) continue a ser o preferido dos consumidores, podendo o Fortwo Cabrio (também elétrico) passar a vender mais do que o Forfour (igualmente elétrico), o que não acontecia até agora na “era da combustão interna”: em 2019, em Portugal, 46,5% comprou o Fortwo, 44% escolheu o Forfour e 9,5% optou pelo Fortwo Cabrio.

Em termos de lançamentos, em 2020 os concessionários portugueses Smart irão receber já em janeiro o facelift dos Fortwo EQ e Forfour EQ.

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