Desde 1965 que o Museu de História Natural de Londres promove um concurso fotográfico para distinguir as melhores capturas de imagem de vida selvagem.

Muitas fotos exibem belezas naturais e vida selvagem, mas outras mostram a exploração da natureza pela mão do homem.

As imagens da edição 2020 do “Wildlife Photographer of the Year” (“Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano”) foram agora conhecidas, com uma foto a sobressaír entre as mais de 49 mil que foram entregues a concurso.

“O abraço” foi a foto em questão, tirada pelo russo Sergey Gorshkov, tendo vencido o “Adult Grand Title Winner 2020”.

O Tigre da Sibéria tem o nome científico de “Panthera tigris altaica”, sendo também conhecido como Tigre de Amur. É a maior de todas as subespécies de tigre e o maior felino do mundo. Podem atingir cerca de 3 metros de comprimento e cerca de 1,1 metros de altura ao garrote. É habitual serem confundidos com o Tigre-de-sumatra (“Panthera tigris sumatrae”) que é a subespécie mais pequena de tigre no Mundo, mas também sob ameaça de extinção.

Gorshkov conta que percorreu a floresta em busca de sinais dos tigres siberianos, uma espécie à beira da extinção, procurando o melhor lugar para montar sua câmera fotográfica. No extremo leste da Rússia, uma população de cerca de 500 tigres de Amur (ou da Sibéria como são mais conhecidos) subsiste, estando sob a ameaça de perda do seu habitat e sob a mira da caça furtiva.

Esses “gatos solitários” trocam informações vitais, como a necessidade de companheiros, deixando odores, peêlos, urina e outros marcadores em pontos proeminentes, incluindo troncos de árvores.

Após 10 meses, a sua dedicação valeu a pena: Gorshkov teve um raro vislumbre deste magnífico tigre no seu habitat selvagem, captando um destes tigres abraçado a um tronco de árvore.

População ameaçada

“Caçada à beira da extinção no século passado, a população de tigres de Amur ainda está ameaçada pela caça furtiva e extração de madeira hoje. A visão notável de um tigre no seu ambiente natural dá-nos esperança, já que relatórios recentes sugerem que os números da espécie estão a crescer, graças a esforços dedicados de conservação”, refere Tim Littlewood, diretor executivo de ciência do Museu e membro do júri.

“Através do poder emocional único da fotografia, somos lembrados da beleza do mundo natural e da nossa responsabilidade compartilhada de protegê-lo” – Tim Littlewood (Museu de História natural de Londres).

Outra foto premiada, com o “Young Grand Title Winner 2020” para fotógrafos até 17 anos, foi “A raposa que apanhou o ganso”, captada pela finlandesa Liina Heikkinen.

 

Exposição até 6 de junho de 2021

Mais abaixo percorra a galeria de imagens para ver algumas das fotos que o júri também considerou de grande qualidade e que estarão em exibição em South Kensington, Londres, até 6 de junho de 2021.

Cada foto tem o nome do seu author no canto superior direito da imagem.

O concurso do próximo ano está já, entretanto, com inscrições abertas até 10 de dezembro de 2020. Mais informações aqui.

“A 56ª exposição da ‘Wildlife Photographer of the Year’ leva-o a mergulhar na diversidade de tirar o fôlego do mundo natural. Cada imagem foi selecionada por um painel de especialistas internacionais e mostra algumas das melhores fotografias de vida selvagem do mundo. A exposição incentiva os visitantes a promover uma ligação pessoal com o mundo ao seu redor”, apontam os organizadores da exposição no Museu de História Natural londrino.

 

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