Conhecido por êxitos musicais como “Everything I Do”, “Summer of ’69″ ou “Heaven”, o cantor canadiano Bryan Adams é igualmente um apoiante de diversas associações ecológicas e de defesa dos animais.

“This Time”, aproveitando os tempos de confinamento motivados pela COVID-19 e numa altura em que os concertos estão adiados “sine die”, o músico e compositor (que completa hoje, dia 5 de novembro, 61 anos de idade) tem usado as redes sociais para apelar, “Straight From The Heart”, às consciências dos seus mais de 819 mil seguidores no Instagram para, “Remember”, a importância de todos adotarem comportamentos “eco friendly”.

Adams decidiu, contudo, dizer “Here I Am” e ir mais além e, ao estilo de “Run to you”, passar das palavras às ações. Arregaçando as mangas e com o fito num “Brand New Day”, foi ele próprio limpar uma zona de costa: “Eu também posso tornar-me útil até ao dia em que os músicos possam voltar a trabalhar”, foi o comentário feito por Adams no seu Instagram em jeito de legenda a uma imagem em que se vê o artista a segurar em cada mão um saco do lixo recolhido de uma praia rochosa.

Chinelos, garrafas, latas e até uma escova de dentes foram apenas alguns dos objetos apanhados ao pé do mar e que Bryan Adams fotografou como forma de testemunhar que a poluição marinha é vasta e chega a todos os continentes.

► Os cientistas estimam que 11 milhões de toneladas de resíduos plásticos são despejadas no oceano anualmente, afetando mais de 800 espécies de animais.

► Essa poluição causada por plástico traz graves problemas não apenas aos animais, mas também aos humanos e ao planeta em geral.

► O polímero plástico descartado nos oceanos não é degradável e só se decompõe em microplásticos, que entram na cadeia alimentar à medida que os animais marinhos os comem. Este plástico permanece não digerido no intestino dos animais e, eventualmente, termina em humanos. 

  • Na publicação no Instagram, o canadiano faz eco do apelo da Ocean Conservancy para que os amantes do oceano, “Shine a Light”, em todos os lugares, limpando os mares e ajudando a tornar uma prioridade um oceano saudável e livre de plásticos.
    “Não se pode ser um verdadeiro ambientalista se se comer animais”, diz cantor
    Bryan Adams é vegan desde 1987 e, sempre que pode, promove este seu estilo de vida. “Deixei de comer animais, incluindo peixe, quando tinha 28 anos e nunca mais olhei para trás (pode obter-se toda a proteína de que se precisa através das plantas). É ótimo ver a mudança que está a acontecer, enquanto as pessoas abraçam uma dieta mais baseada em plantas, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Se quer ver a sua saúde ficar melhor e se se importa com o Planeta, torne-se vegan. PS: Não se pode ser um verdadeiro ambientalista se se comer animais”, escreveu o cantor na legenda de uma fotografia publicada na sua página do Facebook. Há cerca de uma semana, Bryan Adams publicou um novo “post” no Instagram em que reitera que se pode obter tudo o que o organismo necessita no reino vegetal: “Simplesmente não precisa [de comer, n.d.r.] peixe, carne ou laticínios para ser saudável. O Ómega 3 vem de nozes e sementes de linho e se está preocupado com a vitamina B12, pode tomar um suplemento. Além de o ajudar a si, mudar para uma dieta baseada em vegetais está na verdade a ajudar o planeta”. Para o cantor, o modo de vida vegan veio mesmo para ficar, podendo, por isso, aplicar-se-lhe o título de uma das suas músicas: “Can’t Stop This Thing We Started”.
    Foto: @bryanadams / Instagram

     

    Pela defesa das florestas

    Além da defesa dos oceanos, Bryan Adams também está apostado na proteção dos “pulmões verdes” da Terra, os grandes espaços verdes que são as florestas. Nesse capítulo, o cantor emprestou a sua voz para a narração de um curto vídeo para a organização WeForest, no qual se destaca a relevância das florestas como parte da solução para se conseguir lutar contra o aquecimento global.

    A WeForest é uma organização internacional sem fins lucrativos de base científica estabelecida na Bélgica, França e EUA, tendo uma intervenção em ações a favor do clima, do planeta e das pessoas.

    Os projetos da WeForest passam pela recuperação e restauro de paisagens florestais em países tropicais, casos de Brasil, Etiópia, Zâmbia, Malawi, Tanzânia e Índia.

    Para o financiamento das suas ações, a WeForest aposta no comprometimento de empresas para o financiamento da plantação de árvores.

    Essas empresas recorrem, por seu lado, a esquemas de compensação de carbono e a campanhas de marketing de impacto criativas.

    Empresas unidas pelas florestas

    A pretensão da WeForest é que haja mais empresas comprometidas com a defesa do planeta e que se juntem às centenas de parceiros já engajados nesse movimento global.

    Esta organização recorda o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC), de outubro de 2018. Esse documento afirmou a necessidade de restaurar 10 milhões de quilómetros quadrados de floresta (igual ao tamanho dos EUA) para a Terra ficar dentro de um patamar de aquecimento global de 2 graus Celsius.

    “Acreditamos que é possível e precisamos de empresas mais comprometidas”, é o desafio lançado pela WeForest.

    “O Brasil possui um dos ecossistemas mais vibrantes do mundo. Um lugar que precisamos de cuidar como comunidade global. Estou super orgulhoso de que, em parceria com a DHL, estamos a dar um pequeno passo de plantar uma árvore por cada bilhete vendido na tourné mundial Shine A Light”, afirma Bryan Adams (Foto: @bryanadams / Instagram)

    Para demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade e a proteção ambiental, Bryan Adams e a empresa de logística DHL assumiram o compromisso de plantar um milhão de árvores. Tudo no âmbito da digressão mundial “Shine a Light” que passou também por Portugal nos dias 6 e 7 de dezembro de 2019, em Lisboa e Braga, respetivamente.

    Recorde essa história aqui.

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