Já arrancou a produção daquele que vai ser o primeiro carro Rolls-Royce totalmente elétrico. Na verdade, o que a marca vai fazer é eletrificar um dos seus modelos mais icónicos: o Rolls-Royce Phantom V. Um clássico lançado em 1961.
A novidade foi avançada pelo grupo Lunaz, também responsável pela produção de outros clássicos eletrificados. Nomeadamente de marcas de renome como a Jaguar e a Bentley.
“Este é o momento certo para a eletrificação de um Rolls Royce”, afirma David Lorenz. O fundador da Lunaz acrescenta ainda que “estamos a conjugar a beleza de um design clássico com a funcionalidade, segurança e sustentabilidade de uma unidade motriz elétrica”.
David Lorenz considera que “mais do que nunca estamos a corresponder à procura por expressões de ar puro dos carros mais bonitos e luxuosos da história”. O representante do grupo Lunaz assume-se “orgulhoso por tornar um modelo clássico da Rolls-Royce relevante para as novas gerações”.
Rolls-Royce terá preço à altura
A Lunaz terminou agora o processo de reengenharia do Phantom V, um clássico lançado pela Rolls-Royce em 1961. Esse processo incluiu o restauro de toda a estrutura e a incorporação da unidade motriz elétrica da Lunaz. Foi igualmente aplicado um pacote completo de melhorias ao nível do hardware e do software.
A atribuição de produção para a primeira tranche de carros Rolls-Royce da Lunaz será estritamente limitada a 30 unidades. Os pedidos já estão a ser feitos a partir da base de clientes da Lunaz e de algumas das instituições mais famosas e influentes do mundo.
Seguindo as demandas traçadas para o Phantom eletrificado, a Lunaz elegeu começar por criar o Rolls-Royce Silver Clouds. A partir de agora, os clientes estão convidados a garantir a atribuição para estes carros. Temos ainda de realçar que o Phantom vai ser apresentado numa variedade de estilos de carroçaria. Das quais: limusine de quatro portas, coupé de duas portas e coupé drop head.
O arranque da produção do primeiro elétrico da Rolls-Royce segue a vaga na procura pela eletrificação de carros clássicos. Algo conduzido pelo rebalanceamento das coleções de automóveis feito em prol de um futuro com ar mais limpo. Para atingir essa demanda, o grupo Lunaz está a duplicar a suas capacidades de trabalho na Technical HQ em Silverstone, Inglaterra.
O Rolls-Royce eletrificado pela Lunaz estará disponível em todos os mercados globais. A atribuição só poderá ser assegurada através de relações diretas com a fábrica. O preço atribuído ao Rolls-Royce Silver Cloud, desenvolvido pela Lunaz, começa nas £350.000. Um valor-base que não inclui custos com impostos. Já o Rolls-Royce Phantom eletrificado pela Lunaz custará, no mínimo, £500.000, antes de impostos.
Bateria de 120 kWh
Segundo o fundador da Lunaz, “nenhum carro do mundo se compara ao Phantom em termos de presença, estilo e importância”. David Lorenz acrescenta ainda que “através da sua eletrificação estamos a promover, com orgulho, o legado do melhor carro do mundo”.
Os Rolls-Royce são construídos para oferecerem um funcionamento silencioso, com potência a ser libertada suavemente. Características que ajudam a transmitir uma sensação de engrenagem contínua a quem os conduz. A transformação do clássico num elétrico vem amplificar essas mesmas características, garantindo que esses carros com tanto significado continuam a ser uma proposta relevante para a mudança de sensibilidades e climas legislativos. Principalmente nas maiores cidades do mundo.
Os Phantom desenvolvidos pela Lunaz são alimentados através da unidade motriz elétrica, propriedade da empresa. O pack da sua bateria, de 120 kWh, é dos maiores do mundo deste género e garante um alcance superior a 480 quilómetros. Um valor significativamente maior do que o necessário para o tradicional uso deste tipo de veículos.
Todos os exemplares com assinatura Lunaz são restaurados ao parafuso e submetidos a um novo scanner 3D. Antes do processo de conversão e reengenharia começar, os veículos também são pesados e totalmente reestruturados.
Desta forma, os empregados da Lunaz têm possibilidade de expandir os seus conhecimentos e, consequentemente, empregarem com maior segurança o seu próprio design e toda a tecnologia que desejarem. Um processo comandado pela diretora da área de design da marca, Jen Holloway.
Um esquema de pintura de dois tons
A versão elétrica do clássico Phantom V da Rolls-Royce incorpora, segundo o grupo Lunaz, as proporções intemporais e a presença evidente deste modelo. O Phantom eletrificado conta também com um esquema de pintura contemporâneo de dois tons. Na parte superior do veículo será aplicado o tom Midland Grey, já a parte inferior do mesmo será brindada com o tom Cinereous Grey.
A linha pintada à mão que quebra as duas cores é inspirada num item de época especificado pelo cliente anterior do carro. Entre os passageiros que vão sentados nos bancos de trás do veículo será colocado um telefone baquelite cor-de-rosa. Uma peça que acabou por ser preservada na construção final do Phantom elétrico.
Como é óbvio, o equipamento sofrerá melhorias para que a mesmo possa incorporar tecnologia moderna de telemóveis. Mas, a fim de se assegurar a privacidade dos utilizadores, providenciou-se o encriptamento desta tecnologia.
Vai ser assim o interior do Phantom elétrico
O esquema interior do automóvel ecoa, com gosto, o seu exterior. O melhor couro de origem sustentável é fabricado pela equipa de especialistas internos da Lunaz e especificado em Angent Grey.
Em vez do encanamento tradicional do assento, é apresentado um recurso de dobra dupla em Whisper com Argent Grey. Desta forma é criado um detalhe de risca de giz contemporâneo.
A linha de recursos, munida de um subtil tom cor-de-rosa, é referenciada como um detalhe de recurso inesperado. Esta encontra-se no interior das alças, onde foi colocada para conveniência dos ocupantes. Principalmente quando estes entram e saem do automóvel.
O trabalho em madeira aplicado no modelo clássico original tem sido meticulosamente restruturado e finalizado com um tratamento de cetim contemporâneo. Este harmonioso upgrade é contrabalançado com embutimentos em rose gold.
Esta abordagem estende-se às tampas das portas, ao painel frontal e às costas da mesa de piquenique. Estas mesas estão afixadas à divisão de privacidade, que separa o compartimento do motorista do espaço destinado aos passageiros dos bancos de trás.
Lunaz aposta em equipamentos tecnológicos
Todos os RR da Lunaz são construídos com utilitários modernos, subtilmente colocados nos automóveis. O condutor beneficia de um sistema de info-entretenimento totalmente integrado que inclui, por exemplo, navegação por satélite.
O áudio pode ser distribuído entre os passageiros da parte traseira do veículo e a zona do condutor do Phantom. Desta forma, os passageiros podem ouvir música sem estarem sujeitos às interrupções do sistema de navegação do motorista.
O controlo climático foi igualmente alvo de significantes melhorias a fim de poder incorporar um moderno ar condicionado. Um novo equipamento com capacidade para ditar diferentes colocações de ar, podendo desta forma adaptar-se às preferências de cada um dos ocupantes do veículo.
Há também dois ecrãs integrados atrás das mesas de piquenique da divisão de privacidade O que permite que os ocupantes dos bancos traseiros assistam a filmes e ecrãs espelhados de dispositivos móveis.
Um serviço de bar ocupa o centro da unidade e foi construído sob medida para se adequar perfeitamente à marca de tequila favorita do proprietário. Cada cliente Lunaz será convidado a especificar as dimensões da sua bebida preferida.
O Rolls-Royce Phantom eletrificado pela Lunaz é contruído numa configuração base de oito lugares. Nos bancos dianteiros à espaço para acolher três passageiros, nos bancos de trás podem sentar-se outras três pessoas. Existem ainda mais dois assentos ocasionais.
Os ocupantes de qualquer uns dos lugares irão beneficiar do facto da Lunaz ter o compromisso de apostar somente nos materiais de melhor qualidade. Por exemplo, os tapetes traseiros são, normalmente, feitos sob medida em lã de alpaca. Um material que é mais raro do que a caxemira e mais macio do que a lã de ovelha. Além disso é considerado altamente sustentável.
Manter essência do original é prioridade
A Lunaz assume ter como prioridade preservar o carácter de automóveis com tanto significado como o clássico Phantom da Rolls-Royce. Principalmente quando estes modelos são submetidos a um processo de reestruturação com o intuito de assumirem uma nova versão elétrica.
Todos os mínimos detalhes são tidos em conta durante o desenvolvimento destes clássicos eletrificados. Nomeadamente o peso do quadro de distribuição que foi exaustivamente projetado para operar uma unidade motriz inteiramente nova com o mesmo feedback tátil da original.
A instrumentação do modelo elétrico também se mantém fiel ao espírito do design dos anos 60. Verificou-se, contudo, uma delicada integração de um medidor de alcance de bateria e de um medidor de energia. É igualmente de se salientar que todos os RR com assinatura Lunaz são equipados com capacidade tanto para os carregamentos domésticos como para os carregamentos rápidos.
David Lorenz sobre o Rolls-Royce Silver Cloud
“O Rolls-Royce Silver Cloud sempre se destacou como a mais bela expressão de turismo de luxo de longo alcance”, afirma David Lorenz. “A eletrificação traz, para alguns dos mais significativos automóveis alguma vez feitos, uma nova dimensão de usabilidade e outro tipo de envolvimento por parte do motorista”, acrescenta.
Tal como todos os clássicos eletrificados pela Lunaz, a atribuição da produção será estritamente limitada. Por isso mesmo vários clientes, espalhados pelo mundo, fizeram questão de garantiram slots de produção. A Lunaz está a disponibilizar a encomenda de novas séries de produção para os Silver Cloud eletrificados, com carroçaria limousine e descapotável, nas séries I, II e III.
Com a criação desta empresa, a Lunaz, o fundador David Lorenz procurou criar os melhores clássicos elétricos para condutores. Uma bateria de 80 kw/h que oferece autonomia para mais de 480 quilómetros e transmite confiança necessária para os motoristas utilizarem o Silver Cloud em longas viagens.
O processo de restauro e eletrificação
Jon Hilton, líder técnico e diretor geral da Lunaz, defende que “preservar o automóvel mais bonito do mundo é vital para a engenharia”. Este acrescenta ainda que “o compromisso da Lunaz para com a perfeição é sentido em cada solda, ponto e linha de código”.
Surgiu em 2018 e desde aí que o grupo apostou nos profissionais mais talentosos das áreas da engenharia, design e fabricação. A equipa tem sido escolhida a dedo para satisfazer todos os requisitos “impostos” pelos clientes da Lunaz. Além disso, a empresa também beneficia da sua larga experiência com marcas como a Aston Martin, Ferrari, Ford, Formula 1, Jaguar, Volkswagen, McLaren e, obviamente, Rolls Royce.
O processo de reestruturação e conversão começa com uma inspeção exaustiva: cada canto é pesado para se conseguir entender a distribuição de peso original. Estas informações ajudam a tomar decisões sobre as suspensões, a configuração do chassis e sobre a embalagem do trem de força.
O motor de combustão interna e os sistemas associados são removidos. Posteriormente o chassis é preparado para eletrificação. Submete-se então o automóvel a um scanner 3D. Isso permite que os engenheiros criem modelos CAD detalhados para garantir a perfeição técnica a cada passo do processo.
Cada clássico intervencionado pela Lunaz é projetado, desenvolvido, construído e testado internamente pelo grupo. São utilizadas técnicas tradicionais de restauro de carroçarias e até os defeitos quase impercetíveis na carroçaria são corrigidos manualmente antes de se iniciar o processo de acabamento.
A adaptação de tecnologia moderna
A abordagem apresentada anteriormente é também aplicada no interior do automóvel. A equipa de design da Lunaz faz subtis adaptações a fim de integrar equipamentos modernas, como telecomunicações por satélite, WiFi, entretenimento audiovisual e recursos de navegação.
Os acessórios associados sistema de propulsão elétrico são integrados de forma sensível no design existente do carro, incluindo carregadores de bateria e conversores DC. Para isso utilizam a tampa de enchimento para combustível para o carregamento dos veículos. E os mostradores são adaptados a uma leitura apropriada.
São instalados novos sistemas de ar condicionado e aquecimento eletrónico. Depois de se complicarem os sistemas eletrónicos, de travão, suspensão e direção, cada circuito é testado antes do arranque inicial.
Jen Holloway: a longa carreira na área do design
Jen Holloway confessa que a sua abordagem ao design é baseada numa filosofia de Henry Royce, defensor da ideia de que “pequenas coisas fazem perfeição e perfeição não é coisa pequena”.
A diretora de design da Lunaz explica que a empresa, em conjunto com os clientes, “trabalha para criar expressões revelantes dos mais significativos automóveis da história”. Enquanto diretora, esta afirma-se “orgulhosa em poder dar um novo propósito a alguns dos objetos mais bonitos alguma vez criados”.
Atualmente a sua responsabilidade é a criação de automóveis elétricos clássicos verdadeiramente excecionais. Mas, antes de se juntar à Lunaz, a profissional contruiu uma carreira diversificada. Ao longo dos anos, desenvolveu vários e significativos projetos nas áreas do design automóvel e industrial.
Colaborou com várias marcas de luxo ao redor do mundo, incluindo a coordenação de projetos personalizados para clientes pontuais da ‘Q Division’ da Aston Martin.
Fora do setor automobilístico, também trabalhou em design industrial, aviação marítima de luxo e projetos de áudio de elevada qualidade.
Jen Holloway: o seu papel enquanto diretora de design da Lunaz
Na Lunaz, a diretora de design é o ponto de ligação entre a empresa e a visão do cliente. A profissional reúne a disciplina artesanal e a engenharia com a pretensão de entregar carros construídos, com sensibilidade, à imagem do seu cliente.
Tanto Holloway como a equipa que a acompanha esforçam-se por conseguirem entender a visão estética de cada cliente. O objetivo é moldar uma abordagem e criar um design que expresse perfeitamente os gostos do cliente.
O processo é uma jornada pessoal absorvente que explora profundamente a proposta Lunaz, em harmonia com requisitos individuais de design. Jen Holloway e a sua equipa dão orientações ao nível das cores, dos materiais e das decisões mais especificas de design.
Estes profissionais também se responsabilizam por uma adaptação cuidada dos recursos originais para que estes correspondam o mais possível às necessidades contemporâneas. Desta forma garantem que todos os carros intervencionados pela Lunaz apresentam uma conjugação perfeita do espírito do modelo original com a visão projetada pelo cliente.