O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que o Governo português entregou à Comissão Europeia e que deve ficar fechado em janeiro de 2021 vai ser um dos assuntos que dominará a atualidade no próximo ano.
“Estamos a trabalhar para que até final de janeiro seja possível concluir o trabalho com a Comissão Europeia para que o plano possa seguir então para o Conselho Europeu, seja aprovado e possamos iniciar a sua execução”, afirma António Costa, Primeiro-ministro de Portugal.
Tendo em linha de conta estas premissas, a organização ecologista ANP|WWF (Associação Natureza Portugal | World Wide Fund for Nature) efetuou uma análise crítica ao documento do ponto de vista ambiental.
Neste seu “Barómetro ‘Recuperação Verde’”, a ANP | WWF fez uma avaliação usando semáforos de cores: a verde o que considera serem os pontos fortes e que irão impactar positivamente o ambiente em Portugal; a amarelo os pontos a melhorar; e a vermelho o que deve ser eliminado deste plano por ser prejudicial para a natureza e para o objetivo de criar uma economia mais justa e sustentável.
Para avaliar e acompanhar as opções de investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português em termos ambientais, e facilitar a compreensão de todos os cidadãos sobre o que está em causa neste plano, a ANP|WWF criou um “Barómetro ‘Recuperação Verde’”.
Para chegar a este código de cores, a ANP|WWF analisou as principais medidas propostas com relevância ambiental nas suas áreas de conhecimento, escrutinando cerca de 30% do investimento previsto. “Muitos dos investimentos indicados no PRR, no total de 12,9 mil milhões de euros, terão impactos no ambiente, a curto, médio e longo prazo. A aplicação destes fundos será determinante para o futuro ambiental, social e económico do país”, frisam os ecologistas.
Esta é a sua avaliação que partilhamos:
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A ANP|WWF irá partilhar o Barómetro com as autoridades relevantes envolvidas na negociação do PRR de Portugal, para que os investimentos que se venham a decidir estejam melhor alinhados com a recuperação económica justa e sustentável defendida por mais de 100 organizações e pessoas em Portugal. Este Barómetro será atualizado com a versão final do PRR, cuja aprovação está prevista o mais tardar em abril de 2021.