É já amanhã que entra em vigor a nova etiqueta de eficiência energética. O objetivo é simplificar a interpretação das informações disponíveis nesta ferramenta tão conhecida do consumidor. Para isso a União Europeia reviu e otimizou a etiqueta, de acordo com as necessidades do consumidor.
Nesta primeira fase, a implementação da nova proposta de etiqueta de eficiência energética recairá sobre quatro dos quinze grupos de produtos abrangidos pela etiquetagem energética. De entre os quais: aparelhos de refrigeração como frigoríficos, congeladores e aparelhos de armazenamento de vinho.
A 1 de Março a nova etiqueta de eficiência energética também será aplicada em máquinas de lavar louça, máquinas de lavar roupa e máquinas combinadas de lavar e secar roupa. Assim como em ecrãs eletrónicos, de entre os quais: televisores, monitores e ecrãs de sinalização digitais.

As principais mudanças
Começando pela escala de classes de eficiência energética, elemento central da etiqueta, a sua escala de cores manter-se-á inalterada. Até porque esta mostra-se “facilmente reconhecível e utilizável pelo consumidor”. No entanto, a escala irá ser novamente minimizada à nomenclatura de A (mais eficiente) a G (menos eficiente) de forma constante. Quer isto dizer que não haverá qualquer acréscimo de classes “+” no futuro.
No campo dos pictogramas há a realçar a recente adição de novos símbolos. No caso das TVs e monitores houve a adição de uma símbolo de eficiência energética no modo grande alcance dinâmico (HDR). Já as etiquetas de eficiência energéticas das máquinas de lavar passam agora a ter informação relativa ao tempo de lavagem. Os pictogramas da antiga etiqueta continuarão a ser apresentados, apesar de alguns terem sido alvo de pequenas adaptações.
Informações relativas ao consumo de energia passam agora a estar em especial destaque, ao assumirem uma posição central na nova etiqueta de eficiência energética. Dependendo do grupo de produtos, este pode ser apresentado em kWh por ano, kWh por 1000 horas ou kWh por 100 ciclos.
Agora a grande novidade: um código QR. Integrado no campo superior direito das etiquetas, o código QR vem simplificar o acesso dos consumidores a informações técnicas que acompanham os produtos abrangidos pela regulação de etiquetagem energética. Bem como à etiqueta energética e à ficha do produtos disponibilizadas ao público na Base de Dados de Produtos Europeia, EPREL.
Nova metodologia de cálculo de classes energéticas
Vale a pena sublinhar que as mudanças na etiqueta energética não são só ao nível do formato e do grafismo. Também houve adaptações relativamente à metodologia de cálculo das classes energéticas dos produtos. Quer isto dizer que as classes energéticas apresentadas numa e noutra etiqueta são distintas. Segundo foi avançado no site https://www.novaetiquetaenergetica.pt/, “é expectável que a nova etiqueta energética apresente uma classe de eficiência inferior”.
Graças a esta alteração de metodologia, o consumidor conseguirá perceber mais facilmente quais dos produtos disponíveis no mercado apresentam os melhores níveis de eficiência. Assim como “incentivará a indústria ao continuo desenvolvimento de produtos inovadores, mais eficientes e de menor consumo energético”.
Um período de adaptação
Apesar de a nova etiqueta energética entrar em vigor já amanhã, à exceções que importam frisar. É o caso dos produtos já existentes no mercado antes da aplicação da nova legislação, dos quais não sejam produzidas novas unidades depois de 1 de Março de 2021, ou cujos fabricantes tenham cessado a sua atividade. Estes vão ser escoados do mercado de forma gradual, contudo têm que ser vendidos até Dezembro de 2021, ainda com a etiqueta antiga.
Ainda assim, com o intuito de garantir que não há atrasos na distribuição da nova etiqueta energética, alguns fornecedores já estão a incluir nas embalagens dos seus produtos a nova etiqueta, em adição à etiqueta atual. Portanto, não se admire se, da próxima vez que for comprar um eletrodoméstico ou outro produto relacionado com energia, encontrar duas etiquetas energéticas na embalagem.
Há outro aspeto que é preciso também ter em conta. Ar condicionados, fornos, aquecedores (entre outros) são produtos cuja etiqueta energética só será reavaliada em 2022. Por essa razão, as etiquetas com classe A+ ainda serão utilizadas e apresentadas em loja.