O serviço clínico digital criado há um ano pela Associação Centro de Medicina P5 (ACMP5), uma iniciativa da Escola de Medicina da Universidade do Minho (EM-UM), para fornecer esclarecimentos sobre a COVID-19 cresceu, estando a dar os primeiros passos na criação de uma app de promoção da saúde.

Entre março e setembro de 2020, recorreram ao P5 (via telefone ou internet), mais de 3500 utilizadores. O serviço foi criado com o apoio das Gulbenkian Soluções Digitais, pretendendo ser complementar ao SNS e retirar pressão sobre o serviço público.

A Fundação Calouste Gulbenkian, que apoiou a iniciativa no arranque e ajudou a montar o Help Desk para tirar dúvidas à população sobre o novo coronavírus, está também a apoiar a expansão deste projeto, cuja face visível para o utente é uma App disponível (para já) em Paredes de Coura e Guimarães.

No Centro de Medicina P5, promove-se o acompanhamento dos seus utilizadores com recurso a tecnologias digitais e a uma equipa de saúde multidisciplinar especializada, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, entre outros.

Porquê P5?
Ao conceito dos quatro “Pês” da Medicina (Preventiva, Preditiva, Participativa e Personalizada), a equipa da Universidade do Minho juntou mais um, de Proximidade, desconstruindo o conceito de que o digital afasta, neste projeto P5.

Desta forma, possibilita-se que os médicos sigam, à distância, os pacientes que precisam de um acompanhamento regular.

Acompanhamento personalizado

A app permite avaliar se, por exemplo, uma consulta de periodicidade mensal tem de ser antecipada ou se, pelo contrário, pode ser mais espaçada, após a análise de diferentes elementos clínicos.

O Centro de Medicina Digital P5 é um dos projetos apoiados pela Gulbenkian Soluções Digitais.

Iniciativa Gulbenkian Soluções Digitais

A iniciativa Gulbenkian Soluções Digitais, à qual se juntou a EDP, visou promover a aceleração de respostas à situação causada pelo novo coronavírus. Foram disponibilizados 200 mil euros para financiar até 20 plataformas e aplicações digitais, de implementação rápida, que promovessem a saúde pública e a mitigação dos efeitos da pandemia em Portugal.

Esta iniciativa inseriu-se no âmbito do Fundo de Emergência Covid-19, um fundo de cinco milhões de euros criado pela Fundação Gulbenkian com o intuito de reforçar a resiliência da sociedade portuguesa em tempos de pandemia.

Artigo anteriorRestaurantes McDonald’s em Portugal vão ter 150 PCR
Próximo artigoÀ caça de projetos-piloto que aumentem as taxas de reciclagem