A Associação Bandeira Azul da Europa anunciou que este ano Portugal terá 372 praias, 16 Portos de Recreio/Marinas e 11 Embarcações Ecoturísticas galardoadas com Bandeira Azul.

Relativamente ao ano passado, isto traduz um aumento de 12 Bandeiras Azuis.

“Durante a próxima época balnear vão poder hastear a Bandeira Azul mais 12 praias, menos 2 marinas e mais 2 embarcações de ecoturismo”, salienta a organização.

Estes resultados fazem com que Portugal, entre os 53 países que desenvolvem o Programa Bandeira Azul, se mantenha no 6ª lugar, considerando o número total de Bandeiras Azuis atribuídas.

Como estão distribuídas as praias?

As 372 praias estão distribuídas por 98 municípios, dos quais 5 apresentam praias pela primeira vez, nomeadamente Fafe (Braga), Oleiros (Castelo Branco), Óbidos  (Leiria), Avis (Portalegre) e Beja. Calheta (Madeira) reentra no programa.

Das 372 praias, 330 são costeiras e 42 fluviais, o que reflete a tendência, dos últimos anos, de crescimento no número de praias interiores.

As 330praias costeiras estão distribuídas pelas zonas Norte (72), Centro (29), Tejo (50), Alentejo (31), Algarve (87), Açores (45) e Madeira (16).

“Em 2021, ‘Ir à praia em Segurança’ continua a significar mais do que ter cuidado com o mar ou com o sol, mantém-se a necessidade de cumprir todas as normas associadas ao combate à COVID-19, definidas pela Direção Geral de Saúde”, lembra a ABAE.

“Com 4 novos municípios interiores, mantém-se a tendência de investimento e desenvolvimento destas praias e de aumento da qualidade das águas balneares interiores”, salienta a Associação Bandeira Azul.

Assim, Portugal continua o 2ª país com mais praias fluviais galardoadas com Bandeira Azul.

O aumento das candidaturas ao Programa Bandeira Azul é visto pela ABAE como demonstrativo de que os promotores reconhecem que a educação e cuidado ambiental merecem, cada vez mais, atenção e investimento.

“Recuperação de Ecossistemas” foi o tema escolhido para o Programa Bandeira Azul 2021.

“Este tema revelou-se incontornável, considerando que a degradação dos ecossistemas tem um impacto direto no bem-estar de cerca 3,3 mil milhões de pessoas, de acordo com a Assembleia Geral das Nações Unidas, que declarou 2021-2030 como a Década das Nações Unidas para a Recuperação dos Ecossistemas”, salienta a organização.

A cerimónia oficial de hastear da primeira Bandeira Azul em praia costeira vai decorrer, no dia 1 de junho, na praia de Moledo, no município de Caminha; o primeiro hastear de Bandeira Azul em praia fluvial vai realizar-se, no dia 15 de junho, na Albufeira de Santa Clara, no município de Odemira e o primeiro hastear em Marina, vai ter lugar na Marina de Vila do Porto, Ilha de Santa Maria em 5 de junho.

“Restaurar um ecossistema, terrestre ou marinho, é o processo de reverter a sua degradação e recuperar a sua funcionalidade ecológica; ou seja, é melhorar a produtividade e a capacidade que o ecossistema tem para responder às necessidades da sociedade. A recuperação de ecossistemas destruídos ou degradados contribui fortemente para a mitigação, a resiliência e a adaptação às alterações climáticas; para a proteção da biodiversidade; para a melhoria da saúde e bem-estar; para o acesso, justo e equitativo, a alimentos e água potável, bem como para equilíbrio social e económico, por exemplo com a criação de oportunidades de emprego”, salienta a ABAE.

“Se um terço das áreas mais degradadas do planeta for restaurada, e protegidos os ecossistemas ainda saudáveis, é possível absorver e armazenar carbono equivalente a metade de todas as emissões humanas de gases de efeito de estufa e evitar a extinção de 70% das espécies ameaçadas”, refere a associação.

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Foto: ABAE
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