O Prémio Gulbenkian para a Humanidade distingue pessoas e/ou organizações de todo o mundo cujas contribuições para a mitigação e adaptação às alterações climáticas se destaquem pela sua originalidade, inovação e impacto.

O Prémio é atribuído anualmente e o valor de um milhão de euros irá este ano para seis projetos no Senegal e nos Camarões, duas nações subsarianas.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade vai financiar projetos em cinco cidades no Senegal (para o fornecimento de água potável) e numa cidade nos Camarões (para o desenvolvimento de soluções de eficiência energética).

Global Covenant of Mayors for Climate & Energy

Estes projetos serão apoiados no contexto da delegação africana do “Global Covenant of Mayors for Climate & Energy” (GCoM9, uma aliança global de 10.600 cidades no mundo e de governos locais de 140 países, incluindo Portugal.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade será entregue no dia 9 de novembro na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), que se realiza em Glasgow, na Escócia.

O “Global Covenant of Mayors for Climate & Energy” nasceu da fusão do “Covenant of Mayors da União Europeia” e do “Compact of Mayors”, duas iniciativas criadas para promover a transição das cidades para uma economia de baixo carbono e resiliente às alterações climáticas.

O apoio aos projetos selecionados será realizado em estreita colaboração com o “Pacto de Autarcas Regional na África Subsariana”, a “Cooperação Internacional Alemã” e o “Banco Europeu de Investimento”.

Frans Timmermans e Michael Bloomberg

O GCoM é copresidido por Frans Timmermans, vice-Presidente Executivo da Comissão Europeia para o Pacto Ecológico Europeu, e por Michael Bloomberg, antigo presidente de Câmara de Nova Iorque e enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Ambições e Soluções Climáticas.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade foi atribuído pela primeira vez, em 2020, à jovem ativista sueca Greta Thunberg, que decidiu distribuir o montante por vários projetos ambientais e humanitários.

O júri do Prémio refere que a atribuição do Prémio Gulbenkian para a Humanidade “não podia ser mais oportuna e apropriada, já que mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo as cidades responsáveis por mais de 70% das emissões globais de CO2.”

Salientando “o papel determinante dos municípios para lutar eficazmente contra as mudanças climáticas e o alcance global desta organização”, o júri frisou o facto de o montante do Prémio “se destinar a apoiar a sua ação concreta na criação de cidades descarbonizadas e resilientes, com um foco especial em dois projetos em África”.

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