A cidade francesa de Montpellier apresentou, em 2019, o projeto H2 que contemplava a aquisição de 51 autocarros a hidrogénio, num total de 29 milhões de euros. Contudo, o projeto H2 foi agora cancelado porque os promotores concluíram que os autocarros 100% elétricos seriam seis vezes mais económicos.

O projeto tinha obtido financiamento de 18 milhões de euros, incluindo 6,9 milhões através de fundos regionais, nacionais e europeus e 8,9 milhões de euros de investimento e empréstimos do fundo soberano francês Caisse des Dépôts.

Michaël Delafosse, presidente da Montpellier Méditerranée Métropole , esclareceu que “o apoio financeiro é aplicado na aquisição e não na operação”. O mesmo responsável disse ainda que “o hidrogénio é uma tecnologia interessante, no entanto, atualmente, a sua operação seria seis vezes mais cara quando comparada com autocarros elétricos a baterias”. Desta forma, justifica o cancelamento do projeto que previa ainda a construção de uma pequena unidade de produção de hidrogénio verde através de energia solar.

Segundo Julie Frêche, vice-presidente da Montpellier Méditerranée Métropole, “a operação dos autocarros a hidrogénio teria um custo anual de três milhões de euros, ao passo que com os autocarros elétricos o custo passaria para 500 mil euros. Falamos de 0,95 euros por km para 0,15 euros”.

O valor da aquisição também seria mais elevado, custando os veículos a hidrogénio mais 150 a 200 mil do que os autocarros elétricos.

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