Conservar a biodiversidade numa área onde se regista uma intensificação da agricultura é um dos objetivos da criação de corredores ecológicos que a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) pretende desenvolver.
Os corredores ecológicos vão criar condições de mobilidade para as diversas espécies faunísticas, ao mesmo tempo que vão permitir a uniformização da paisagem agrícola.
Neste momento, está em curso um trabalho exaustivo de identificação de locais com potencial ecológico que interligados formem uma rede que favoreça a conetividade ecológica dentro da área do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA).
“Um corredor ecológico é uma estrutura verde natural que tem potencial ecológico e vários destes pontos interligados formam o corredor ecológico que permite uma conectividade do meio natural”, explica Noemí Santiago Parada, bióloga na EDIA.
Esta estratégia tem como principal objetivo favorecer a mobilidade da fauna, a conservação de habitats prioritários, assim como a proteção das espécies e o seu dinamismo natural, onde todos estes fatores em conjunto formam um mosaico paisagístico benéfico para que as espécies realizem as suas funções vitais.
O estudo que define áreas de corredores ecológicos tem já concluída a análise e desenho teórico dos corredores, estando neste momento a iniciar os trabalhos de campo.
Para a criação dos corredores ecológicos do EFMA, a EDIA teve como principais fatores a ligação a habitats prioritários tais como as galerias ripícolas; os montados; os charcos temporários mediterrânicos e os grupos faunísticos representativos, nomeadamente quirópteros, aves estepárias e outros mamíferos e aves, para além de caminhos de terra e massas de água.
Para que os corredores ecológicos do EFMA sejam uma realidade no terreno, a EDIA só a conseguirá realizar com a ajuda dos agricultores, dos agentes políticos, das diversas entidades de tutela do território e claro, da população em geral.