A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 27) em Sharm El-Sheikh, Egito, começou este domingo, terminando no dia 18.
É a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 27) que deverá contar com mais de 35 mil participantes, entre os quais inúmeros chefes de Estado e de governo.
Portugal far-se-á representar, entre outros, pelo Primeiro-Ministro português. António Costa estará na COP 27 esta segunda-feira e terça-feira, onde, de acordo com a agência Lusa que cita uma fonte diplomática, irá defender uma transição mais inclusiva e uma repartição mais equilibrada do financiamento climático.
A anterior conferência, COP26, realizou-se no Reino Unido.
A COP 27, que marca o 30.º aniversário da adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla original) mantém basicamente os mesmos objetivos de outras cimeiras desde 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global a 2ºC e se possível a 1,5ºC. No entanto, a par de todas as dificuldades que, ao longo das diversas cimeiras têm surgido a criar obstáculos à tomada de medidas mais ambiciosas, o contexto atual de guerra e crise energética e económica poderão complicar mais um acordo satisfatório para a saúde do planeta.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou, de resto, no lançamento da COP 27 que o planeta está a caminho de “atingir pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível”, e pediu mais ambição para a cimeira.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Guterres enfatiza que “nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar o nosso vício em combustíveis fósseis. Perante isto, temos uma de duas opções: ou a ação coletiva, ou o suicídio coletivo”.