A Schneider Electric, empresa de gestão e automação da energia, e o Footprint Project anunciaram que o seu trabalho para desenvolver e implementar microgrids móveis e conectadas por Cloud para assistência em caso de catástrofes foi nomeado para a Lista das Melhores Invenções de 2022 da revista Time, que inclui “200 inovações extraordinárias que estão a mudar as nossas vidas”.
Na sequência de catástrofes climáticas extremas, as equipas da Schneider Electric e da Footprint Project trabalharam em conjunto para desenvolver uma nova forma de levar eletricidade aos locais onde ocorreram catástrofes, com soluções digitais alimentadas pelo Microsoft Azure que proporcionam visibilidade em tempo real, permitindo a estes locais otimizar as suas funções através de dados e da distribuição e gestão de energia desde o “dia zero”.
Para elaborar a lista, a TIME solicitou nomeações dos seus editores e correspondentes em todo o mundo, bem como através de um processo de candidatura online, prestando especial atenção a áreas em crescimento – como a indústria de veículos elétricos, a energia verde e o metaverso. Cada concorrente foi avaliado numa diversidade de fatores-chave, incluindo a originalidade, a eficácia, a ambição e o impacto.
“O resultado é uma lista de 200 invenções revolucionárias (e 50 menções especiais) – incluindo um projeto de Inteligência Artificial de mapeamento da vida, diamantes feitos do excesso de carbono no ar e o telescópio mais poderoso de sempre – que estão a mudar a forma como vivemos, trabalhamos, nos divertimos e pensamos sobre o que ainda é possível,” comentaram os editores da Time sobre a nova lista.
Estas soluções apoiaram mais de 20 locais de resiliência comunitária com geradores solares móveis, que forneceram 100kW+ de energia solar fotovoltaica e 350kWh+ de armazenamento a mais de 8.000 cidadãos. Ajudaram também cozinhas comunitárias a distribuir refeições, capacitaram computadores portáteis e WiFi para processar a documentação da Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA) e forneceram energia a habitações de baixo rendimento para cidadãos seniores.
“Quando ocorrem catástrofes como furacões ou incêndios florestais, frequentemente resultantes ou exacerbados pelas alterações climáticas, a resposta tradicional tem sido a mobilização de geradores a gasóleo – o que é análogo a combater fogo com fogo,” afirmou Samantha Childress, Solutions Architect Manager, Microgrids North America da Schneider Electric. “Sentimo-nos incrivelmente honrados por receber este reconhecimento da Time pelo nosso trabalho conjunto com as equipas dedicadas e inovadoras do Footprint Project e da Microsoft no sentido de desenvolver um sistema energético que fornece energia limpa e fiável às comunidades significativamente afetadas por catástrofes.”
Através da sua parceria, a Schneider Electric e o Footprint Project pretendem construir comunidades mais verdes para favorecer soluções resilientes a longo prazo e proporcionar maior alívio a quem está a recuperar de situações inesperadas.
“Devido à gravidade do Furacão Ida, muitas das comunidades atingidas no Louisiana passaram longos períodos sem acesso a eletricidade; como tal, houve uma maior urgência em assegurar que estas fontes de energia podiam ser otimizadas para terem impacto duradouro. As microgrids tiram partido de inversores inteligentes, pelo que não necessitam de uma pessoa no local a tempo inteiro para assegurar o seu funcionamento operacional. Coletivamente, as organizações podem escalar as capacidades das frotas de microgrids para alcançar mais comunidades necessitadas”, explica a Schneider Electric.
Will Heegaard, Operations Director do Footprint Project, refere que, “à medida que a frequência, gravidade e escala dos desastres climáticos aumentam, as microgrids solares móveis são essenciais para assegurar acesso equitativo à eletricidade, reduzindo ao mesmo tempo a pegada de carbono da ajuda humanitária. A capacidade de monitorizar a nossa frota de forma remota, recolher dados-chave para melhorar o desempenho do sistema e alertar as equipas de campo para as necessidades de manutenção é absolutamente vital para distribuir eficazmente energia mais limpa às comunidades em crise”.
