O CEiiA anunciou uma nova área de negócio estratégica assente no conceito de Mobilidade Aérea Avançada, cujo principal objetivo é fornecer aos utilizadores um acesso on demand à mobilidade aérea em áreas semi-urbanas e urbanas.

“As mais recentes inovações na indústria aeronáutica deixam claros os avanços tecnológicos que induzem o aparecimento de novos serviços e modelos comerciais, bem como a necessidade de desenvolver aeronaves não-tripuladas com características próprias que possibilitem a resposta logística em contexto e/ou emergência médica”, enquadra o CEiiA.

Nesse sentido, em 2021, o CEiiA avançou para a criação de uma Business Unit de Mobilidade Aérea Avançada, “com o intuito de criar valor, agregar conhecimento e desenvolver mecanismos e produtos, pensados de raiz e certificáveis para esta área em expansão”, contextualiza Inês Folhadela Furtado, Head of Advanced Air Mobility Business Unit. 

Para impulsionar a implementação deste tipo de mobilidade, e em parceria com a indústria nacional, o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, através da agenda AERO.NEXT do Plano de Recuperação e Resiliência português, está a executar um pacote de trabalho -Services in Advanced Air Mobility (SAAM) – que inclui o desenvolvimento de uma plataforma drone e a certificação de produtos e tecnologias associados ao contexto da operação em mobilidade aérea avançada em áreas semi-urbanas e urbanas.

Este novo veículo que irá surgir, desenvolvido com capacidade para responder a necessidades de logística e adaptável ao contexto e/ou emergência médica, está a ser concebido de acordo com os requisitos de segurança europeus e vai estar equipado com um conjunto de sistemas de segurança. 

A responsável por esta unidade explica que “este desenvolvimento e a validação deste conjunto de tecnologias-chave, assentes na segurança de voo, viabiliza a criação e prestação de novos serviços”. 

No âmbito de uma parceria estratégica com a Connect Robotics, SA, muito recentemente, esta unidade de Mobilidade Aérea Avançada do CEiiA, desenvolveu um Flight Termination System (FTS), um sistema de segurança para ser integrado em drones, que garante a contenção da aeronave na área de voo diminuindo assim o risco para pessoas e bens. 

Este FTS foi supervisionado em funcionamento e em ambiente de operação pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) que lhe emitiu um parecer positivo, uma vez que, todo o sistema e as metodologias de teste estão em conformidade com o MOC Light-UAS.2511-01 containment da European Union Aviation Safety Agency (EASA). 

“A necessidade de desenvolver tecnologias para criar um ecossistema seguro, quer para realidades semi-urbanas quer urbanas, surge na sequência do conhecimento gerado e do trabalho em curso no setor da Mobilidade Aérea Avançada”, explica Inês Folhadela Furtado, responsável pela área de negócio estratégica da plataforma de drone, acrescentando que o “próximo passo é evoluir esta versão preliminar que foi já testada e aprovada para um produto agnóstico e possível de integrar em qualquer tipo de drone”.

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