O planeta atravessa uma crise ambiental, seja através de alterações climáticas, perdas de biodiversidade, como também perdas de ecossistemas e seus serviços.

Face a este cenário, e tendo em conta a necessidade do cumprimento da Agenda 2030, que será fundamental para garantir a sustentabilidade ao nível global, surge a necessidade das empresas, indivíduos e sociedade em geral, implementarem no seu quotidiano, medidas urgentes que possam proteger e gerir de forma sustentável os ecossistemas frágeis, mas vitais que asseguram a vida do nosso planeta.

Sensível a estas questões e com o intuito de contribuir para a implementação de ideias em direção ao cumprimento da Agenda 2030, nomeadamente para as questões ligadas à preservação da biodiversidade, a Ecoinside, empresa especializada em energias limpas, sustentabilidade e mobilidade elétrica sediada em Vila Nova de Gaia, encontra-se a desenvolver uma ferramenta designada “Modelo de Avaliação de Impacte na Biodiversidade de Centrais Fotovoltaicas”.

Trata-se de avaliar as repercussões no ambiente, “desde o berço ao túmulo”.

De acordo com a Ecoinside, o desenvolvimento desta ferramenta, destinada a Avaliar o Ciclo de Vida (ACV) das centrais fotovoltaicas tem como base o estudo e acompanhamento da instalação de duas centrais fotovoltaicas, uma em solo e outra em cobertura.

“Esta ACV terá duas funções principais, primeiramente perceber o impacte causado por centrais solares já instaladas ou em fase de instalação, nomeadamente a nível de emissões de CO2 eq, assim como a demanda energética para todo o seu ciclo de vida. Através dos dados obtidos, será possível selecionar e adquirir os materiais mais sustentáveis, para a instalação das futuras centrais fotovoltaicas, no que diz respeito à Pegada Ecológica, ao Consumo Energético, ao Nível de Emissões de CO2 e Pegada Hídrica”, aponta a Ecoinside.

Pressões exercidas na biodiversidade pela instalação da infraestrutura

Um dos “utensílios” para averiguar os impactes na biodiversidade da instalação de centrais fotovoltaicas é o software da Global Biodiversity Information Facility (GBIF), o qual permite obter uma listagem de espécies registadas no local da instalação da futura central fotovoltaica, a sua classificação relativa à lista vermelha da Internacional Union for Conservation of Nature (IUCN) e a sua informação taxonómica.

Esta informação permite aferir por exemplo, numa fase de anteprojeto, se o local de instalação a selecionar terá ou não à partida impactes na biodiversidade, nomeadamente sobre espécies presentes que possam estar classificadas como ameaças de extinção.

Artigo anteriorTemperatura global pode subir mais de um grau centígrado em cinco anos
Próximo artigoOs benefícios de investir numa casa inteligente