Os oceanos fazem parte integral da história, cultura e economia do nosso país, mesmo antes da sua fundação, há quase 900 anos.
Graças às nossas características geográficas, Portugal possui uma vantagem geopolítica muito significativa que se materializa no acesso aos recursos do mar e que podem ser aproveitados para acrescentar valor, seja na produção de energia, seja no aproveitamento de matérias primas. À atividade económica baseada no mar chamamos Economia Azul.
Naturalmente, este privilégio vem acompanhado de enormes responsabilidades na proteção deste ecossistema e da sua biodiversidade. Este equilíbrio entre a exploração dos recursos marinhos e a proteção e restauração dos oceanos depende de uma complexa colaboração entre a academia, a gestão pública e a iniciativa privada, e poucas pessoas compreenderão melhor todos os aspetos deste equilíbrio do que Helena Vieira, bióloga de formação com mais de 24 anos de experiência profissional.
Helena é uma também uma empreendedora que fundou quatro startups, duas das quais em áreas científicas e tecnológicas. Foi ainda Diretora-geral de Política do Mar (de março de 2020 a março de 2022) e é atualmente Investigadora Coordenadora e Detentora de uma Cátedra na área da Economia do Ambiente e Gestão sustentável e circular de recursos naturais.
“A economia do mar é a terceira maior economia em Portugal. Só é suplantada por duas economias não comerciais, a educação e a saúde. (…) Representa cerca de 5,4% do valor acrescentado bruto, 5,1% do PIB, 5% das exportações e 4% do emprego.
Todos estes números são maiores do que, por exemplo, o valor da agricultura, incluíndo a agropecuária e são maiores do que o [setor do] vinho. São maiores do que os valores da cortiça, que (…) são produtos que as pessoas vêem mais facilmente como sendo relevantes na economia portuguesa.”
Clique na imagem para assistir a esta Welectric Talk sobre Economia Azul, disponível no nosso canal de You Tube.