A francesa Valeo, um dos mais importantes fornecedores de componentes da indústria automóvel, não se ilude e afirma, taxativamente, que o tempo do motor de combustão interna chegou ao fim. Christophe Périllat, CEO do grupo, afirmou numa entrevista que “não há mais inovação no motor de combustão interna, acabou”.

Atualmente, a Valeo emprega cerca de 110.000 pessoas. Está presente em 29 países e tem 183 fábricas e 65 centros de I&D.

No primeiro semestre de 2023, a Valeo registou um volume de negócios de 11,2 mil milhões de euros e 18,8 mil milhões de euros de encomendas. Metade deste montante veio do setor das ajudas à condução, e outros 5 mil milhões de euros da eletrificação.

Segundo Périllat, o mercado dos automóveis térmicos já não exige inovação, razão pela qual a empresa já não dedica orçamento à investigação e desenvolvimento de motores de combustão interna. A Valeo está a concentrar-se nos veículos elétricos com o objetivo de se tornar um dos três maiores fabricantes mundiais de sistemas elétricos.

motor de combustão interna: “O mercado não está a pedir inovação”.

Ainda assim e ao mesmo tempo, o grupo continuará a produzir componentes e peças sobresselentes para motores de combustão interna durante décadas, até porque a idade média do parque automóvel mundial está a aumentar. Porém, o futuro já não passa por ali.

A Valeo tem um acordo de parceria com o Grupo Renault, que prevê o desenvolvimento conjunto uma nova geração de motores elétricos sem terras raras e mais eficientes. A sua estreia está prevista para 2027.

Outro nicho de mercado que a Valeo quer explorar é o da micro-mobilidade, com a empresa a ter a convicção de que se irá “assistir a uma proliferação de projetos urbanos ligeiros”.

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