Apresentação do estudo

A Médis, marca do Grupo Ageas Portugal, lançou um estudo, sob o mote “Riscos Climáticos e a Saúde dos Portugueses: futuro(s) por imaginar”, análise que tem como objetivo ser um contributo útil e relevante na produção de conhecimento e no despertar da reflexão pública sobre a relação entre a saúde e as alterações climáticas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as alterações climáticas são “a maior ameaça à saúde que a humanidade enfrenta” e 2023 foi um ano mais uma vez fustigado por visíveis transformações climáticas a nível nacional e internacional.

Neste estudo, foram identificados cinco grandes riscos climáticos com impacto direto na saúde: temperaturas extremas ou ondas de calor; poluição do ar; poluição e escassez da água; insetos transmissores de doenças infeciosas e saúde mental.

Cada um destes riscos foi descrito, caracterizado e quantificado por especialistas, quanto ao seu impacto, atual e futuro, na saúde da sociedade portuguesa.

Para além dessa vertente didática, o documento dá conta dos resultados de um inquérito junto dos cidadãos em torno do tema das alterações climáticas. Assim, segundo esse levantamento, 75% dos portugueses desconhece ou tem dúvidas sobre os impactos das alterações climáticas na sua saúde.

O estudo refere que “não obstante o trabalho de campo revelar que os portugueses estão bastante sensibilizados para o problema climático e conseguem facilmente relacionar as alterações climáticas e as consequências para a sua saúde, podemos afirmar que, na sua maioria, estão longe de compreender a extensão e a gravidade desses riscos. Mesmo entre os que consideram compreendê-lo (1 em cada 4), a análise risco a risco revela a inconsequência desse conhecimento ou preocupação”.

“A preocupação é despida de consequência e, em si mesma, não é condição suficiente para gerar ação”, refere o estudo de 2023 do Projeto Saúdes, da Médis, com a orientação científica de Luísa Schmidt.

Maria do Carmo Silveira, responsável de orquestração estratégica do ecossistema de saúde do Grupo Ageas Portugal, afirma que “este estudo não é um ponto de chegada mas um ponto de partida para uma maior ação de todos: governo, instituições públicas, entidades privadas, áreas da saúde, do ambiente e da ciência. Todos somos precisos para que o cidadão comum passe da perceção ao conhecimento, capaz de gerar ação e transformação”.

O elevado desconhecimento em relação às alterações climáticas é uma das principais conclusões do estudo, aparecendo apenas em 5º lugar das inquietações que mais abalam as pessoas.

“Riscos Climáticos e a Saúde dos Portugueses: futuro(s) por imaginar” – estudo disponível aqui.
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