A capacidade de uma empresa em se adaptar num mundo em constante evolução é essencial para o seu sucesso. Embora esta seja uma “máxima” aparentemente evidente, a questão é como conseguem as organizações essa capacidade de resposta? Recursos humanos qualificados é a resposta.

Na realidade, o investimento contínuo em talento desencadeia um efeito bola de neve no ciclo de sucesso de uma empresa. Ao atrair e nutrir quadros excecionais, as organizações ficam aptas a conceber e criar produtos inovadores que fazem a diferença no mercado. Essas inovações não só conquistam a preferência dos clientes, mas também garantem um crescimento constante dos lucros. Com receitas crescentes, as empresas podem recompensar os seus colaboradores de forma satisfatória, atrair mais massa cinzenta e reinvestir em mais investigação. Este ciclo virtuoso não apenas aumenta a riqueza da empresa, mas também fortalece a sua capacidade de se manter à frente da concorrência e continuar a criar soluções que moldam o futuro.

A Voltalia atua no mercado internacional no setor das renováveis como produtora de energia e prestadora de serviços, numa base multi-tecnologia: solar, eólica, biomassa, hídrica e armazenamento.

Um dos principais players mundiais em energias renováveis, a francesa Voltalia, tem apostado nesta fórmula para desenvolver a sua atividade, tendo criado um Center of Expertise (CoE), um centro de competência de engenharia e “know-how” especializado que lhe permite estar não apenas atenta às necessidades dos clientes, mas também a capacita de desenvolver soluções com valor acrescentado.

Quatro polos de inovação

O mais interessante no “case study” da Voltalia é que este CoE é composto por quatro polos de inovação, sediados em diferentes cidades e países: Porto e Oliveira de Frades (Portugal), Rio de Janeiro (Brasil) e Aix-en-Provence (França). Ou seja, duas destas quatro unidades localizam-se em território português que é o “cérebro” do centro de competências do negócio solar.

No Brasil, a Voltalia tem instalado o seu centro de excelência de energia eólica, e em França situam-se os centros de energia hídrica e biomassa.

Centro de Operações, localizado em Mossoró, no Rio Grande do Norte, no Brasil.

Sempre que se inicia um novo projeto em cada uma destas áreas, é a estes centros de excelência que todo o grupo recorre para o desenvolvimento tecnológico e de engenharia, pois é neles que está centralizado todo o conhecimento tecnológico fundamental e estratégico.

Paralelamente a estas quatro grandes áreas (solar; eólica; hídrica; e biomassa), a Voltalia desenvolve ainda a vertente de armazenamento, a componente híbrida e de gases renováveis, onde procura substituir os combustíveis fósseis recorrendo a alternativas energéticas renováveis, como são o caso das tecnologias solar fotovoltaico.

Hallen Battery Energy Storage System (BESS), o sistema de armazenamento de energia com uma capacidade de 32 MWh que a Voltalia tem instalado no Reino Unido.

Em agosto de 2016, o Grupo Voltalia entrou em Portugal através da aquisição da Martifer Solar, ganhando uma maior visibilidade internacional, mas sobretudo enriquecendo as competências internas no setor solar.

Esses centros de inovação que perfazem o CoE representam um investimento estratégico, sendo um dos “segredos” para que a Voltalia esteja a crescer tanto no campo das renováveis no mundo (com presença em mais de 20 países em quatro continentes), entregando produtos e serviços de qualidade com engenharia “in house”.

O caso português

Olhando para o caso português, a Voltalia tem o seu quartel-general fotovoltaico no Porto (Solar Hub), mais concretamente na Avenida Marechal Gomes da Costa, entre as zonas da Boavista e da Foz do Douro onde dispõe de cerca de 1.300 metros quadrados de área. Esse centro de excelência solar, que está em atividade desde maio de 2019, alberga ainda a área de supervisão e monitorização dos ativos renováveis existentes (centrais solares, de biomassa e de armazenamento).

Esse centro de excelência solar, que está em atividade desde maio de 2019, alberga ainda a área de supervisão e monitorização dos ativos renováveis existentes (parques solares, eólicos e outros).

Para além da mão de obra qualificada no nosso país, a escolha de Portugal para o Hub Solar da Voltalia – e, em concreto, da zona norte do país – esteve também relacionada com a aquisição de 100% da Martifer Solar pela Voltalia, em agosto de 2016.

Academia Voltalia

Em articulação com o polo no Porto que dispõe da Academia Voltalia, onde o grupo forma e treina novos talentos, existe em Oliveira de Frades, distrito de Viseu, um campus tecnológico, que permite a instalação e teste de equipamentos, beneficiando da proximidade geográfica com a academia, nomeadamente com a Universidade e o Politécnico do Porto, da qual dista cerca de 90 km. O Campus Tecnológico Fotovoltaico foi construído em Oliveira de Frades entre 2009 e 2015, sendo aí que formalmente a Voltalia tem a sua sede entre nós.

Para a Voltalia, Portugal tem também um posicionamento estratégico para dar suporte a projetos solares no continente africano e na América Latina, através do desenvolvimento de projetos e da prestação de serviços de EPC (Engineering, Procurement & Construction) e O&M (Operação e Manutenção).

Em síntese: em termos práticos, a Voltalia Portugal e, em específico, o polo no Porto, é a base do segmento solar para todo o grupo internacional, funcionando como uma plataforma onde todas as filiais se conectam relativamente aos projetos solares.

Com o mundo a procurar descarbonizar nas mais variadas áreas, conclui-se, assim que, pelo nosso país passam muitas decisões de desenvolvimento e investimento em tecnologias limpas que se encontram implementadas pelo mundo fora. E talvez nem todas as pessoas sabem disso!

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