O mundo enfrenta um desafio urgente e global: a transição energética. À medida que os impactos das alterações climáticas se tornam mais evidentes e alarmantes, a necessidade de uma mudança drástica no setor energético tornou-se inegável. Para garantir um futuro sustentável para o planeta e as futuras gerações, empresas de todos os setores de atividade estão a investir em energias renováveis. Os especialistas da Helexia destacam a importância da transição energética e de como ela pode impactar em setores cruciais, como o Alimentar e Bebidas, o da Cerâmica e Vidro, o da Indústria, o do Retalho e o do Turismo.

Setor Alimentar e Bebidas

O setor Alimentar e Bebidas é um dos maiores consumidores de energia e recursos naturais. Desde a produção agrícola até à distribuição, muitos processos dependem de energia intensiva. No entanto, a transição para energias renováveis neste setor pode trazer benefícios substanciais. A utilização de painéis solares em propriedades agrícolas, a adoção de sistemas de refrigeração mais eficientes e a implementação de tecnologias de reciclagem de resíduos orgânicos podem reduzir significativamente a pegada de carbono da indústria alimentar.

A refrigeração e congelação usadas neste setor são grandes consumidores de energia, já que são fundamentais para manter a frescura e a qualidade dos alimentos.

Avaliação da Helexia:
“Há uma grande oportunidade para as empresas da indústria alimentar, em fazer o caminho da descarbonização. Produção de energia solar para autoconsumo, implementação de medidas de eficiência energética ou a gestão de energia são a evolução natural destas empresas para as tornar, não só mais sustentáveis como mais competitivas”.

Cerâmica e Vidro

A indústria de Cerâmica e Vidro é conhecida pelas suas grandes exigências energéticas, especialmente em processos de fusão e têmpera. No entanto, a transição para fontes de energia renovável, como a energia solar e eólica, pode não apenas reduzir os custos de produção, mas também diminuir as emissões de gases de efeito de estufa associadas a esses processos. Investir em tecnologias mais limpas e eficientes é essencial para a sustentabilidade e competitividade deste setor.

Avaliação da Helexia:
“O setor do vidro, da cerâmica de pavimentos e revestimentos é um forte consumidor de energia, representando o gás e a eletricidade uma fatia muito importante do custo industrial. O consumo de energia por m2 produzido é um KPI determinante para a competitividade do negócio. A eficiência produtiva aliada a uma boa eficiência energética permite obter elevados níveis de performance, concretizados em produtos de qualidade e com preços que permitem competir nos mercados internacionais”.

Indústria

A indústria é um dos maiores consumidores de energia do mundo, abrangendo uma ampla variedade de atividades. Para tornar a transição energética uma realidade, as empresas industriais devem investir em fontes de energia renovável, melhorar a eficiência energética das suas operações e procurar tecnologias de captura de carbono. Isso não apenas reduzirá os impactos ambientais, mas também pode levar a economias substanciais nos custos operacionais.

Avaliação da Helexia:
“A utilização de energia solar como tecnologia de produção de energia pode trazer benefícios económicos e de redução de CO2. Além disso, a implementação de um sistema de gestão de energia vai melhorar a eficiência energética”.

Retalho

O setor de Retalho desempenha um papel fundamental na cadeia de fornecedores, conectando produtos aos consumidores finais. Investir em energias renováveis em operações de retalho, como lojas e armazéns, pode ajudar a reduzir as emissões de carbono associadas à logística e ao funcionamento dessas instalações. Além disso, as empresas de retalho podem influenciar os seus fornecedores a adotar práticas mais sustentáveis, criando uma cadeia de fornecedores mais verde.

Avaliação da Helexia:
“Projetos de geração, gestão e otimização de energia, em toda a operação, promovendo um retalho mais sustentável” são hipóteses para o retalho descarbonizar e se tornar mais eficiente.

Turismo

Falar da indústria do Turismo é falar de quase 16% do PIB português e de toda uma série de infraestruturas, desde hotéis a resorts, passando por aviões e aeroportos. A transição para energias renováveis nesta indústria pode reduzir significativamente a pegada de carbono do turismo. Os hotéis podem instalar painéis solares e sistemas de aquecimento de água eficientes, enquanto as companhias aéreas podem investir em aeronaves mais sustentáveis e em biocombustíveis.

Avaliação da Helexia:
“Produção local de energia de fontes renováveis e limpas” é uma ideia. Outra é a melhoria da eficiência energética de um hotel com racionalização e monitorização energética: desde a iluminação (que representa um maior consumo de eletricidade dentro de um hotel e que pode oscilar entre 12% e 18% do consumo total de energia e cerca de 40% do consumo de energia elétrica) à climatização (os sistemas de aquecimento e refrigeração representam a principal área de consumo de energia de um hotel), passando pela água quente e caldeiras (que variam entre 15% e 25% do consumo total de energia do hotel) e chegando às instalações de lazer, como piscinas, onde se pode reduzir entre 10% a 30% o uso de energia.


Conclusão

A transição energética e o investimento em energias renováveis são cruciais para a sustentabilidade de todos os setores de atividade, incluindo o Alimentar e Bebidas, Cerâmica e Vidro, Indústria, Retalho e Turismo. À medida que as pressões ambientais e regulatórias aumentam, as empresas que liderarem essa transição não apenas contribuem para um ambiente mais limpo, mas também garantem a sua própria viabilidade a longo prazo. A hora de agir é agora, e a colaboração entre governos, empresas e a sociedade civil é essencial para enfrentar os desafios globais das mudanças climáticas.

Artigo anteriorAlemanha começa a tomar medidas: está preocupada em não ser líder global em veículos elétricos
Próximo artigoRZ 450e: um Lexus como os outros (mas 100% elétrico…)