De acordo com os resultados de um inquérito anual realizado pela Schneider Electric, o impacto da recente crise energética global nos preços levou ao impulso de comportamentos de poupança de energia nos agregados familiares. De facto, 75% dos inquiridos afirmou ter reduzido o consumo de energia durante o último inverno, 72% dos quais para reduzir as faturas de energia, enquanto um terço o fez para reduzir as emissões de carbono.

O inquérito também os questionou mais de 9.000 consumidores na Alemanha, Austrália, Espanha, EUA, França, Reino Unido e Suécia sobre como reduziram o consumo de energia nos últimos 12 meses: 45% afirmou ter mudado para lâmpadas LED, 24% disse ter começado a medir o consumo de energia em casa, e 16% instalou um termóstato inteligente.

Mais de metade dos inquiridos considera que a responsabilidade pela redução das emissões é individual.

Embora mais de metade (55%) dos consumidores considere importante tornar as suas casas net zero durante a sua vida, 40% considera improvável que isso aconteça – um aumento de 4 pontos percentuais em comparação com o inquérito anterior. O custo de vida também é a principal preocupação dos consumidores quando questionados sobre as consequências de um aumento da temperatura global acima de 1.5ºC, com 86% dos inquiridos preocupados com o aumento das contas de energia relativas ao aquecimento e refrigeração.

Os consumidores consideram a utilização da energia doméstica uma prioridade, sendo que 68% procura reduzir a quantidade de energia que utiliza em casa. O interesse pela tecnologia para ajudar a monitorizar e reduzir o consumo energético é elevado: mais de 60% dos inquiridos quer controlar o seu consumo diário de energia, e 40% vê a domótica (tecnologia de smart homes) como uma forma fácil e económica de reduzir as faturas de energia.

Apesar da atual pressão financeira, as famílias estão dispostas a investir significativamente em medidas de eficiência energética, com um gasto médio de 1.926 euros planeado para os próximos 12 meses.

As soluções residenciais inteligentes e sustentáveis que ajudam a gerir a energia de forma mais eficiente estão a tornar-se populares. Os consumidores manifestaram um interesse crescente em termóstatos e monitores inteligentes de energia, tendo a sua popularidade aumentado 3 e 4 pontos percentuais, respetivamente, em comparação com os resultados do inquérito de 2021.

O aumento da popularidade das soluções de casas inteligentes, designadamente as de gestão de energia, para automatizar e controlar a produção, o armazenamento e os custos de energia nas casas, também está a mudar a perceção do público sobre a consecução dos objetivos net zero, de acordo com a Schneider Electric. Os inquiridos que já possuem e utilizam tecnologia de Smart Home estão duas vezes mais otimistas quanto às suas casas se tornarem net zero, em comparação com os que ainda não investiram.

“Com a atual flutuação dos preços da energia e as crescentes preocupações com a crise climática, a utilização da energia em casa está, mais do que nunca, no centro das atenções. É por isso que o nosso inquérito é tão fascinante. Ao falar com mais de 9.000 consumidores a nível global conseguimos obter informações valiosas sobre os desafios, oportunidades e principais fatores associados à sustentabilidade e eficiência energética em casa,” afirmou Michael Lotfy Gierges, Executive Vice President of Home & Distribution da Schneider Electric. “Pudemos reafirmar que a mudança de comportamentos tem sido fundamental para reduzir as faturas de energia e as emissões de carbono. É encorajador ver consumidores em todo o mundo a fazer ajustes no seu estilo de vida e melhorias em casa que trazem benefícios individuais e para toda a sociedade. Apesar da queda do otimismo em relação ao net zero, muitos dos inquiridos são defensores fervorosos de uma vida mais sustentável. A Schneider Electric vai continuar a investir em soluções de gestão de energia doméstica que permitam às famílias de todo o mundo atingir este objetivo.”

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