O projeto de valorização do corredor ribeirinho está em marcha, com a limpeza das margens e a desobstrução do leito do rio. A obra deve estar concluída em abril e ajuda a colocar o concelho de Santo Tirso como o que mais espaços verdes tem per capita em toda a Área Metropolitana do Porto.
São mais de 18 quilómetros de um novo corredor ecológico que está a nascer no concelho de Santo Tirso, entre os rios Ave e Vizela. Trata-se de mais uma importante obra de caráter ambiental no concelho, que atesta a importância atribuída pelo executivo municipal a matérias que se prendem com a sustentabilidade social, económica e ambiental.
Na apresentação pública do “Projeto de Valorização do Corredor Ribeirinho entre os Rios Ave e Vizela – do Parque Urbano Sara Moreira ao Parque do Verdeal”, o presidente da Câmara Municipal tirsense, Alberto Costa, sublinhou que o seu concelho “é um dos municípios da Área Metropolitana do Porto com mais espaços verdes per capita“, reassumindo o seu compromisso “na preservação ambiental, promoção da mobilidade suave, recuperação das linhas de água e valorização dos rios”.
Este ambicioso projeto ambiental de limpeza das margens e desobstrução dos leitos está orçado em 1,2 milhões de euros e resulta de uma parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente, na sequência de uma candidatura ao Programa Operacional Competitividade e Internacional Compete 2020. Propõe-se transformar a face ribeirinha do Ave e Vizela e devolver os rios às populações das freguesias banhadas pelo seu caudal. “Cerca de 80 por cento da obra está praticamente concluída e estamos convictos de que em abril
poderemos dar os trabalhos por concluídos”.
Neste momento, já está em fase de anteprojeto a obra que levará à construção de percursos pedonais e cicláveis ao longo deste corredor, a qual permitirá às populações o usufruto de um espaço que vai melhorar a sua qualidade de vida.
Obras como o Plano Estratégico de Reabilitação de Linhas de Água, a recente inauguração do Parque do Verdeal, na Vila das Aves, o Plano de Mobilidade Sustentável ou a valorização do rio Leça atestam que a sustentabilidade ambiental e económica está no topo das prioridades da autarquia tirsense.
“Todas as obras que temos em curso nesta área ambiental nunca estão verdadeiramente acabadas. São, por natureza, inacabadas porque dependem sempre do apoio e da colaboração permanentes da população, das empresas e dos proprietários dos terrenos”, considera o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso.
O “Projeto de Valorização do Corredor Ribeirinho entre os Rios Ave e Vizela – do Parque Urbano Sara Moreira ao Parque do Verdeal” tem o acompanhamento técnico do engenheiro do ambiente Pedro Teiga. A intervenção centra-se nas valências ambiental, hidráulica e socioeconómica, e dá cumprimento às legislações comunitária e nacional de limpeza e valorização de linhas de água, com utilização de técnicas de engenharia natural para a proteção e consolidação das margens.
Toda a empreitada será baseada numa solução integrada a aplicar ao longo do leito e margens, com a recuperação dos açudes, e incluindo igualmente o corte seletivo e poda de formação, a limpeza e conservação de vegetação, estacaria viva e plantações de 17 mil árvores e arbustos autóctones.
