A Amazónia, a maior floresta tropical do planeta é um dos ecossistemas mais importantes do mundo para estabilizar o clima global ameaçado pelo aquecimento global.
Os dados mais recentes trazem preocupações acrescidas para a Amazónia, já que demonstram que quase 3.000 incêndios florestais foram registados na área amazónica brasileira em fevereiro, um recorde para o mês desde o início dos registos em 1999.
De acordo com imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram registados 2.940 incêndios em fevereiro, 67% mais do que os 1.761 registados em fevereiro de 2007, o recorde anterior.
O número registado em fevereiro de 2024 é quatro vezes maior comparando com fevereiro de 2023.
Estes incêndios estão relacionados com a seca histórica que atingiu a Amazónia entre junho e novembro de 2023, afetando milhões de pessoas em toda a bacia amazónica, provocando enormes incêndios florestais, reduzindo os principais rios e causando danos à vida selvagem.
Em janeiro, a área destruída por incêndios florestais no Brasil foi de 10.298 km2 e cresceu 260,5% em relação ao período homólogo do ano passado.
O bioma brasileiro com mais áreas consumidas pelo fogo em janeiro foi a Amazónia, com 9.415 km2 queimados, 91,42% do total.
A área destruída pelo fogo na Amazónia aumentou 266% em relação a janeiro do ano passado.
O Pantanal, com 406 km2 queimados, e o Cerrado, com 319,7 km2, foram os biomas mais destruídos depois da Amazónia.
O aumento da área destruída pelo fogo na Amazónia foi particularmente afetado pela situação em Roraima, um estado brasileiro na fronteira com a Venezuela, onde a área queimada aumentou 250% para 4.141,7 km2 em janeiro deste ano.
A área destruída pelos incêndios em Roraima em janeiro equivale a 40% de todo o país.