Foto: Peggada

Até ao próximo dia 30 decorrerá a campanha “Março, mês do granel e da reutilização”, juntando consumidores, distribuidores, ativistas e ambientalistas.

Trata-se da segunda edição em Portugal de uma iniciativa que começou em França em 2016, criada pela da Réseau Vrac (associação profissional internacional, com base em França, inteiramente dedicada ao fortalecimento do granel), destinando-se a sensibilizar o maior número de pessoas possível para a importância do granel e da reutilização.

No nosso país, esta campanha nacional é promovida pela Liga-Ação, através do consórcio inicial da Zero Waste Lab, Circular Economy Portugal, Maria Granel e FOE Norway,  e com o apoio da Associação Zero, Deco, Peggada, Do Bem e agranel.pt, unindo consumidores, distribuidores, ativistas, associações ambientalistas em torno desta causa.

Durante março vão ser promovidas as vendas a granel e a reutilização.

“Unindo o conceito de compras a granel com a reutilização, estamos não só a promover a redução de resíduos, mas também a incentivar um estilo de vida mais consciente e sustentável”, afirma Sara Morais Pinto, co-fundadora da “Zero Waste Lab” e coordenadora do “Liga-Ação”.

Segundo a responsável, as adesões a esta iniciativa vão de cafés e restaurantes a associações e movimentos de defesa do ambiente. E além da promoção do granel, de debates, da sensibilização sobre o uso de produtos descartáveis, ao longo do mês haverá ações que vão das trocas de roupa a limpeza de praias.

Na edição deste ano a campanha vai disponibilizar uma ferramenta de medição da pegada ecológica.

O encerramento da campanha está marcado para dia 30, quando a ONU assinala o Dia Internacional Lixo Zero, com o lançamento e envio de uma proposta de flexibilização da regulação do granel, fruto do grupo de trabalho com a associação ambientalista Zero e Deco, associação de defesa do consumidor, duas das entidades parceiras.

Para a associação “Zero Waste Lab”, a existência de legislação sobre os produtos que podem ser vendidos à unidade permitiria evitar o desperdício e a criação de resíduos.

Este movimento está, por isso, a preparar um documento a entregar ao próximo Governo no sentido de ser flexibilizada a venda a granel e que essa venda a granel seja um direito do consumidor.

Artigo anteriorGrupo Barbot revoluciona a indústria com novo processo de produção
Próximo artigo350M€ para fabricar equipamentos que promovam transição ecológica