O projeto de Recolha de Biorresíduos em Cascais envolve já 65 mil alojamentos.

A recolha seletiva em sacos verdes baseia-se na separação doméstica dos restos de comida, na deposição dos sacos verdes no contentor dos resíduos indiferenciados e na utilização dos mesmos camiões para a recolha. 

Uma vez recebidos na Tratolixo, os sacos verdes são separados do restante conteúdo dos camiões e encaminhados para produção de composto e energia elétrica. 

Em 2023, foram recolhidas 2.138 toneladas. Já no primeiro trimestre deste ano, o município recolheu 1.155 toneladas nos dois sistemas: sacos verdes e dedicado. A Cascais Ambiente espera ainda, no final de 2024, chegar às 4.332 toneladas de restos de comida que deixem de ir parar a aterro e passem a ser utilizadas para produção de energia e fertilizante.

Por cada tonelada de biorresíduos, são produzidos 332 kWh de energia elétrica e 148 kg de composto. Esta energia produzida equivale ao consumo anual de 1.135 casas portuguesas (1220kWh/ ano consumo doméstico médio pt – fonte: Pordata), que está a ser injetada na rede elétrica.

O concelho tem neste momento cerca de 65 mil famílias inscritas neste sistema de recolha e cerca de 90% da população total.

O concelho continua a fazer sensibilização porta-a-porta e a recolher adesões em espaços públicos. Durante a Semana do Município, que se inicia a 7 de junho, as equipas de divulgação dos Biorresíduos vão estar presentes em várias iniciativas para angariarem mais aderentes.

Luís Almeida Capão, Presidente da Cascais Ambiente, salienta que “o sucesso deste modelo de recolha de bioresíduos – sacos óticos e sensibilização porta-a-porta – é demonstrado pela enorme taxa de adesão por parte dos munícipes e pela poupança financeira e ambiental que conseguimos alcançar”.

Restos de comida, sobras da preparação das refeições, alimentos degradados são separados e reaproveitados para a produção de energia.

Para o presidente da empresa municipal, “a recolha de biorresíduos em sacos verdes no contentor do lixo indiferenciado é uma oportunidade para aumentar as taxas de separação dos outros materiais recicláveis e uma metodologia que permite pensar em novos fluxos a serem recolhidos em cocoleção”.

A Expansão da Recolha de Biorresíduos em Sacos Óticos insere-se numa estratégia de gestão dos resíduos urbanos em Cascais pensada para alcançar a meta de preparação para reutilização e reciclagem de 60% em 2030. Ao fluxo de biorresíduos, a Cascais Ambiente quer juntar em breve outros materiais como os têxteis e os têxteis sanitários.

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