Marca de moda Zeeman aposta em salários dignos e circularidade

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Marca de moda Zeeman aposta em salários dignos e circularidade

No ano passado, uma vez mais, a empresa deu passos importantes nas áreas de sustentabilidade, salário digno e circularidade. Por exemplo, os têxteis da Zeeman são cada vez mais compostos por materiais sustentáveis, os clientes podem entregar roupa usada em mais de 1.000 lojas e a Zeeman paga um salário digno em cada vez mais fábricas têxteis. A empresa também foi nomeada pelo Transparency Benchmark como o retalhista mais transparente nos Países Baixos.

Ao comprar roupa, muitos clientes questionam-se: “A pessoa que fez esta t-shirt é bem paga?” ou “Como é que a Zeeman monitoriza as condições de trabalho seguras na sua cadeia de abastecimento?”. Uma vez que estas questões também estão na mente dos jornalistas, e com vista a promover a transparência, a Zeeman organizou um webinar para apresentar este relatório de Responsabilidade Social e Corporativa (RSC), onde tanto jornalistas como clientes puderam fazer perguntas a Erik-Jan Mares, CEO da Zeeman. De facto, os presentes colocaram várias questões sobre os esforços de responsabilidade social corporativa da empresa.

Erik-Jan Mares, CEO da Zeeman, comentou: “O facto de termos sido votados como o retalhista mais transparente nos Países Baixos é um grande elogio para tudo o que a Zeeman representa.Hoje conversámos e respondemos às perguntas dos jornalistas sobre a nossa Responsabilidade Social e Corporativa, algo que encaixa bem na nossa estratégia, pois queremos mostrar abertamente o nosso posicionamento, as nossas ambições e os nossos dilemas.

zeeman

Em 2023 voltámos a dar passos importantes no que toca à RSC. Reconhecemos cada vez mais que, embora tenhamos trabalhado durante anos para tornar a cadeia de abastecimento mais sustentável em todos os aspetos, ainda temos uma enorme tarefa pela frente. Temos também outra ambição importante: acreditamos que os têxteis básicos devem permanecer acessíveis e disponíveis para todos. Por um lado, porque os bebés e as crianças vão continuar a crescer e a precisar de roupas novas, e também porque todos nós precisamos de meias e roupa interior. O desafio é equilibrar estas duas grandes ambições.”

Manter os têxteis básicos acessíveis

A Zeeman tem-se focado na sustentabilidade desde a sua fundação. Erik-Jan Mares acrescenta: “A nossa oferta não é afetada pelas tendências e os nossos clientes podem utilizar os nossos produtos durante muito tempo. A nossa missão é ‘manter os têxteis básicos produzidos de forma justa e a preços acessíveis para todos’, tendo sempre em conta as pessoas, o ambiente e a sociedade. Na Zeeman chamamos a isto ser ‘Zuinig’ (económico, frugal) de coração.”

Alguns outros pontos a destacar deste relatório anual são:

  • A Zeeman foi nomeada pelo Transparency Benchmark como o retalhista mais transparente nos Países Baixos e está no Top 10 geral.
  • Desde o início deste ano, a Zeeman tem pago um salário digno em 10 fábricas têxteis (em 2022 eram 5).
  • Há 1.043 lojas Zeeman que recebem roupa em segunda mão dos clientes. Em conjunto com a Stichting Het Goed, a Zeeman dá-lhes uma segunda vida.
  • Os têxteis da Zeeman foram elaborados com 71% mais materiais sustentáveis em 2023 (em comparação com 53% em 2022).
  • 93% de toda a roupa e têxteis de algodão da empresa foram fabricados com algodão mais sustentável (em 2022 a percentagem era 75%).
  • 13% da coleção têxtil da Zeeman é fabricada com materiais reciclados (em 2022 a percentagem era 4.6%).

Medição do impacto ambiental

A Zeeman quer ser ‘Zuinig’ em todos os aspetos – no que toca às pessoas, ao ambiente, aos recursos e à sociedade. Em 2023, a empresa deu início a uma medição que coloca 2022 como a estaca zero, para obter insights sobre o impacto ambiental dentro de toda a sua cadeia de valor, da fábrica à loja.

A base de referência já proporcionou muitos dados e está a impulsionar o cumprimento de objetivos. Por exemplo, a Zeeman passou a utilizar eletricidade verde como padrão quando os contratos de energia chegam ao fim; começou a tomar medidas para tornar o transporte marítimo mais sustentável; tem vindo a expandir a venda de roupas de segunda mão (Revenda); e as novas lojas vão ser equipadas com portas deslizantes que contribuem para uma maior poupança de energia.

A Zeeman recolheu 34.109 peças de roupa

Nos últimos anos, a Zeeman tem investido fortemente em projetos de economia circular. Em 2022, 4.6% da coleção têxtil era fabricada com materiais reciclados, algo que em 2023 aumentou para 13%.

Por outro lado, é possível entregar roupas em segunda mão em 1.043 lojas, o que levou à recolha de 34.109 peças de roupa em 2023 – que receberam uma segunda vida, em colaboração com a fundação Het Goed.

Em 2023, a Zeeman também ofereceu nas suas lojas, pela primeira vez, produtos feitos de têxteis reciclados. Em 2024, a empresa planeia expandir ainda mais a coleção de economia circular e oferecê-la em mais lojas.

Classificação da Fair Wear e Salário Digno

Sendo uma empresa familiar, para a Zeeman é impreterível que haja boas condições de trabalho nas suas fábricas. A empresa envida esforços neste sentido, e é auditada de forma independente todos os anos. Em 2023 obteve a classificação de ‘Good’ (Bom) por parte da Fair Wear.

Em 2019, a Zeeman iniciou o seu programa de salário digno no Paquistão. Até 2022, o programa expandiu-se e já estava em vigor em quatro fábricas, tendo-se adicionado Bangladesh, Índia e Turquia – que representavam, em conjunto, 12% do valor total de aquisição têxtil.

Nestas instalações, a diferença entre o salário mínimo e o salário digno – que permite aos colaboradores sustentarem a família -, é colmatada pela Zeeman. Em 2023, estes programas foram avaliados e foram feitos preparativos para expandir ainda mais o salário digno. Desde 1 de janeiro de 2024, a Zeeman oferece salário digno em cinco novos fornecedores: um na China, dois no Paquistão, um no Bangladesh e um na Índia. Estes 10 fornecedores vão representar 25% do valor total de aquisição de têxteis até ao final de 2024.

Colaboração com stakeholders

Erik-Jan Mares afirmou ainda: “No ano passado demos passos muito importantes, mas percebemos, mais do que nunca, que não podemos fazer este caminho sozinhos. Com mais de 1.350 lojas, a Zeeman não é grande o suficiente para transformar toda a indústria têxtil e torná-la sustentável. É por isso que procuramos energicamente estabelecer parcerias com outras empresas, e estamos sempre abertos a perguntas críticas e boas ideias. Apesar de estarmos na direção certa, ainda temos um longo caminho a percorrer.”

Fotografia: Zeeman