Depois de recentemente ter anunciado os resultados de recolha e reciclagem de embalagens usadas, o Valorfito divulga agora o contributo da sua atividade em 2023 para a redução da pegada de carbono da atividade da indústria de produtos fitofarmacêuticos, biocidas e sementes de uso profissional, com impacto na atividade agrícola, em geral.

Em 2023, o Valorfito recolheu 508 toneladas de embalagens e resíduos agrícolas e os últimos números apurados permitem averiguar que prevenção de emissão de CO2 para a atmosfera, por via do encaminhamento dos resíduos de embalagem para reciclagem e valorização, do sistema Valorfito, foi de 735 t de CO2 eq. Uma quantidade que corresponde a 1881 barris ou 256 toneladas de petróleo. Valores de redução da pegada de carbono relevantes e que refletem o contributo fundamental do setor agrícola para o combate às alterações climáticas.

Cálculos que são feitos tendo como base os referenciais do programa WARM da EPA (Environmental Protection Agency – USA), que definem as emissões de CO2 eq. que se evitam com a reciclagem e valorização dos resíduos por oposição à deposição em aterro, para os diversos materiais de resíduos de embalagem.  Ao ganho ambiental diretamente obtido, descontaram-se as emissões de todo o sistema, nomeadamente na sua componente maior, que é o transporte dos resíduos. Neste aspeto, o sistema trabalha diariamente para que os seus processos de recolha e transporte de resíduos sejam planeados ao detalhe por forma a minimizar o impacto ambiental destas operações. Tarefa que não é fácil dados os mais de 1100 Pontos de Retoma distribuídos por todo o território nacional, incluindo regiões autónomas e quase um milhar de operações de levantamento em 2023.

Para António Lopes Dias, diretor-geral do Valorfito, estes são resultados que devem deixar-nos orgulhosos do setor e dos seus profissionais, sendo que o objetivo passa por “continuarmos a trabalhar para melhorar este indicador, sobretudo na área de prevenção de resíduos, sensibilizando os operadores económicos para a necessidade de desenvolver conceitos de embalagem mais compatíveis com a reutilização e a reciclabilidade, após a sua utilização”.

Numa altura em que os desafios para a sustentabilidade e defesa do planeta são cada vez maiores, António Lopes Dias conclui ainda referindo que “muito do trabalho no que diz respeito à redução de importantes quantidades de emissões de CO2 para a atmosfera tem sido feito através da entrega dos resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas por parte dos agricultores, o que revela que estes seguem, cada vez mais, aquelas que consideramos as melhores práticas de reciclagem e valorização, para além da preservação dos recursos e garantia do bem estar de todos, estando, por isso, muito satisfeitos e motivados com o percurso feito até aqui e com os resultados que serão possíveis alcançar no futuro”.

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