O construtor automóvel chinês Changan vai abrir este ano uma subsidiária na Europa para estudar a abertura de uma fábrica no continente, onde espera vender 300 mil veículos até 2030, avança a imprensa chinesa.

De acordo com documentos para os investidores, citados pelo portal de notícias económicas Yicai, a Changan tenciona lançar as suas marcas elétricas Deepal, Changan Qiyuan e Avatr na Europa este ano.

A empresa, sediada em Chongqing, no centro da China, iniciou no ano passado uma estratégia global para desenvolver o seu negócio internacional e construir fábricas no estrangeiro.

Enquanto a estratégia da Changan na Europa se centrará nos veículos elétricos, para a América Central e do Sul os planos são para a venda de veículos com motor de combustão. As estimativas deste construtor chinês vão no sentido de comercializar cerca de 200 mil unidades até 2030.

A informação surge poucos dias depois de a Comissão Europeia ter anunciado estar a pensar aplicar taxas alfandegárias adicionais sobre os automóveis elétricos chineses, o que, segundo analistas, poderá impulsionar a abertura de fábricas na Europa por parte dos construtores chineses, uma vez que os veículos de marcas estrangeiras produzidos localmente não seriam contabilizados como importados e não estariam sujeitos a estas tarifas.

Outros fabricantes de automóveis chineses anunciaram planos para abrir fábricas na Europa.

A Chery planeia começar a produção de modelos da sua marca Omoda em Barcelona, na fábrica que já foi da Nissan, através de uma joint-venture com a EV Motors, ainda antes do final deste ano.

A Dongfeng Motor Corporation está em negociações com o governo italiano para a localização de uma fábrica.

A SAIC Motor, dona da MG, está à procura de um local na Europa para construir uma fábrica de elétricos para cimentar a sua expansão na região.

A Leapmotor tem planos para fabricar elétricos numa das fábricas europeias do grupo Stellantis, dono de 51% do capital da marca chinesa.

A BYD prevê começar a montar ligeiros de passageiros na Europa antes de 2026, numa fábrica localizada na Hungria, onde já produz autocarros elétricos.

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