A produtora independente de energia BNZ está a construir um parque solar em Gemunde, Vila Nova de Famalicão, e em breve no mesmo concelho estima assinar contrato para iniciar construção de outra central, assim como após o Verão poderá assinar contrato para construção da Central Solar Fotovoltaica de Muro (Trofa).

A Central Solar Fotovoltaica de Gemunde, em Vila Nova de Famalicão, já está em construção, e terá uma capacidade instalada de 49 MWp e uma produção estimada de 74.919 MWh por ano. Esta central poderá evitar a emissão de 24.648 toneladas de CO2 por ano. O projeto deverá estar totalmente operacional no segundo semestre de 2025.

Também em Vila Nova de Famalicão, mas no Ameal, poderá nascer outra central de painéis solares que está nesta fase em processo de licenciamento e poderá iniciar construção no primeiro trimestre de 2025. Este parque solar terá uma capacidade instalada de 19 MWp e uma produção estimada de 25.992 MWh por ano, evitando-se a emissão de 8.551 toneladas de CO2 por ano.

A Central Solar Fotovoltaica de Muro, na Trofa, poderá iniciar construção também no primeiro trimestre de 2025, estando agora em processo de licenciamento. Este projeto terá uma capacidade instalada de 30 MWp e a produção estimada de 44.576 MWh por ano, podendo assim evitar-se a emissão de 14.666 toneladas de CO2 por ano.

BNZ
Daniel Sánchez López

Em entrevista ao Welectric, Daniel Sánchez López, diretor de Engenharia e Construção da BNZ, destacou o firme compromisso da empresa com a produção de energia renovável, especialmente a fotovoltaica, considerando Portugal “como um mercado estratégico”.

Além das centrais fotovoltaicos, a BNZ está a analisar a possibilidade de produzir energia elétrica por hibridização, conjugando a energia solar com a eólica, vindo a desenvolver também parques eólicos. Por fim, poderá ainda instalar um sistema de baterias que permitirá armazenar energia para ser comercializada quando o preço é mais favorável.

Em Portugal, a empresa de origem espanhola estima desenvolver nove projetos no âmbito das energias renováveis e, em quatro, estão a avaliar a possibilidade de aumento da potência em 20%, de acordo com o que está previsto na legislação.

Atualmente, a BNZ possui um portefólio robusto de projetos que totalizam mais de 1,5 gigawatts (GW) no sul da Europa (Portugal, Espanha e Itália), com aproximadamente um terço desse valor, cerca de 600 megawatts (MW), dedicados a Portugal. Com nove projetos em diferentes fases de desenvolvimento no país, a BNZ quer “consolidar a sua presença e expandir as suas operações no mercado de energia renovável”.

Inovação tecnológica e envolvimento Local

A BNZ enfatiza a importância da inovação tecnológica e de desenvolver relações de proximidade com as comunidades onde os projetos estão a ser desenvolvidos. A empresa colabora com fabricantes de primeira linha no setor fotovoltaico e avalia continuamente novas tecnologias para garantir que os seus projetos estejam na vanguarda. Daniel Sánchez López ressaltou que a BNZ mantém um vínculo estreito com as localidades onde opera, promovendo o desenvolvimento social e económico, além de implementar medidas ambientais rigorosas.

A relação com as comunidades locais, passa pelo apoio financeiro a projetos de solidariedade, a equipas de desporto locais e ainda pela criação de postos de trabalho. Durante a fase de construção, os três projetos já anunciados poderão dar emprego direto a mais de 700 pessoas e indiretos ascendem a 1200 profissionais.

“A BNZ garante que os seus projetos, que contribuem para garantir o futuro sustentável das gerações futuras, são desenvolvidos a par com atividades que promovem o desenvolvimento económico, ambiental e social das comunidades em que estão inseridos”, ressaltou o diretor de Engenharia e Construção.

Compromisso ambiental

Paralelamente ao compromisso social, a BNZ está comprometida em mitigar o impacto ambiental de seus projetos, implementando medidas rigorosas decididas na fase de desenvolvimento e colaborando com administrações locais. A empresa reserva também verbas para projetos ambientais, como é exemplo a plantação de árvores nos concelhos onde os projetos são desenvolvidos.

Perspetivas futuras

Daniel Sánchez López vê um futuro promissor para a energia renovável na Europa, “com as renováveis a ganhar cada vez mais peso nos mercados energéticos”. Na sua ótica, ao longo dos próximos anos haverá um trabalho de pedagogia junto da sociedade para demonstrar que a energia nuclear é segura e a mesma poderá, junto com as renováveis, ganhar destaque, caindo assim em desuso outras fontes de produção de energia com maiores emissões de dióxido de carbono.

Fotografia de abertura: Projeto solar em Cadis (Espanha). Crédito: BNZ

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