O Fundo Ambiental vai financiar com 1,49 milhões de euros 24 projetos de erradicação e controlo de espécies exóticas invasoras, cujas candidaturas foram apresentadas em 2023, anunciou o Ministério do Ambiente e Energia, que gere o fundo.
O financiamento abrange os projetos da Associação Vita Nativa – Conservação do Ambiente, da Associação Natureza Portugal em parceria com a WWF, Associação de Defesa do Paul de Tornada – PATO, Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural, Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino – AEPGA, da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, das Câmaras Municipais de Águeda, Almada, Cantanhede, Coruche, Esposende, Melgaço, Montemor-o-Velho, Olhão, Ponte da Barca, Santarém, Sintra e Soure, e das seguintes entidades de Ensino Superior: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Instituto Politécnico de Coimbra, Instituto Politécnico de Santarém e Universidade de Évora.
Os projetos aprovados foram apresentados por autarquias, associações de conservação da natureza e instituições do ensino superior.
Em comunicado, o ministério adianta que a estes projetos se juntam ações de sensibilização pública e de recuperação de terrenos com flora autóctone, que receberão apoios no âmbito da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030, que “tem sinalizada como uma das maiores ameaças aos ecossistemas, ‘habitats’ e espécies a proliferação de espécies exóticas”.
De entre essas espécies invasoras – de fauna e flora – destacam-se o ganso-do-egito, o caranguejo-peludo-chinês, a rã-de-unhas-africana, a tartaruga-de-orelhas-vermelhas, a bácaris e o capim-do-texas.
Citada no comunicado, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, disse que o Governo “reafirma o seu compromisso com a preservação da biodiversidade e a proteção dos ecossistemas naturais de Portugal”, assinalando que “as espécies invasoras podem também causar danos significativos à agricultura, à pesca, à silvicultura e a outros setores económicos”.