O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, afirmou que a empresa tecnológica chinesa está a estudar o momento certo para introduzir os seus veículos elétricos no mercado europeu, informou hoje o portal de notícias local Sina.

O fundador da Xiaomi não quis comprometer-se com datas, mas atendendo às suas declarações, de que, nos próximos três anos, a marca se iria concentrar “a 100%” no mercado chinês, podemos estimar que a vinda para o Velho continente não sucederá antes de 2027.

Lu Weibing disse que a divisão automóvel do grupo está “a estudar a melhor altura para entrar no mercado europeu”, apesar de a Europa estar a fazer a transição para os veículos elétricos “mais lentamente” do que a China.

“Fazemos negócios em mais de 100 países, temos uma presença global e uma base de fãs da Xiaomi. Quando estivermos prontos para dar o salto para o mercado internacional, será um passo natural”, explicou.

As declarações foram feitas durante uma transmissão ao vivo com o fundador e presidente executivo da Xiaomi, Lei Jun, após uma viagem de negócios à Europa onde os dois responsáveis tiveram reuniões com fabricantes de automóveis como a BMW, Ferrari e Lamborghini sobre potenciais parcerias.

No final de julho, a Xiaomi, conhecida sobretudo pelos smartphones e outros gadgets tecnológicos, exibiu o primeiro modelo elétrico, o SU7, num evento especial em Paris, o que levou a especulações sobre uma possível entrada no imediato no mercado europeu, após o que a empresa indicou que ainda não havia planos para vender carros no estrangeiro em breve.

No entanto, no mês passado, noutra conferência virtual, Lei Jun indicou que o plano da Xiaomi é entrar no mercado automóvel europeu até 2030 e tornar-se uma das cinco maiores marcas de veículos do mundo dentro de 15 a 20 anos.

SU7 tem três versões

O SU7, que marca a entrada da empresa chinesa no setor automóvel, foi apresentado a 28 de março com um preço inicial de 215.900 yuan (27.400 euros), tendo registado 50.000 reservas nos primeiros 27 minutos.

O veículo da Xiaomi tem 220 kW de potência (299 cv) e 400 Nm de binário.

A sua bateria é de 75,6 kWh e 400 V da BYD e a marca anuncia uma autonomia de 700 km, mas de acordo com a norma chinesa (CLTC) que é menos real do que a norma WLTP.

Além da versão de entrada, o SU7 tem mais duas variantes: SU7 Pro (motor de 220 kW, bateria CATL com 94,3 kWh e autonomia de 830 km, na medição CLTC) e SU7 Max (dois motores elétricos, um por eixo, com uma potência máxima combinada de 495 kW/673 cv, 838 Nm de binário, aceleração de 0-100 km/h em 2,78 segundos e velocidade máxima de 265 km/h).

A Xiaomi estabeleceu um objetivo de mais de 100.000 entregas este ano para o seu SU7.

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