O fabricante português de motos FAMEL, que procura voltar à estrada com a elétrica E-XF, reuniu mais investimentos para tornar o projeto uma realidade, prevendo-se que as primeiras entregas do modelo de produção, que chegaram a estar planeadas para o primeiro trimestre deste ano, aconteçam na primavera de 2025.
A FAMEL anunciou que o Fundo NOVUS gerido pela Magnify Capital Partners, em parceria com o Banco Português de Fomento já investiu 2,45 milhões de euros, a que se juntará o investimento de entidades privadas. António Vieira da Silva, Fundador e Presidente da Magnify Capital Partners, salienta que “a ronda de investimento estabelece uma base sólida para a FAMEL se destacar no crescente mercado de mobilidade elétrica, não apenas em Portugal, mas também nos mercados internacionais”.
De acordo com a empresa, adquirida em 2015 por Joel Sousa, engenheiro de Guimarães, cerca de 100 clientes já reservaram a E-XF, uma espécie de renascimento da icónica XF-17, surgida em 1975.
O fabrico será em Anadia, perto de Águeda, com a empresa a pretender tirar partido da capacidade industrial instalada na região, conhecida por ser um dos maiores produtores de bicicletas da Europa e detentor de know-how no setor das duas rodas.
A nova versão elétrica da FAMEL vai incorporar componentes, sobretudo, europeus, dos quais, 50% serão feitos em Portugal. A incorporação nacional ou mesmo local permitirá reduzir a pegada carbónica da produção, dadas as menores distâncias associadas ao transporte dos componentes.
A marca prevê a integração de materiais sustentáveis em futuras versões, bem como a possibilidade dos clientes personalizarem a moto.
A Famel elétrica está dotada de um pequeno motor elétrico com 5 kW (7 cv). Tem duas baterias, cada uma das quais com 1,8 kWh, podendo carregar-se em cerca de cinco horas. A autonomia é até 70 km e 120 km, consoante a versão.